Resumo:
No Portugal do limiar século XV, a dinastia de Avis intensificou a reforma de costumes não apenas no âmbito da corte, mas em diversas regiões com a finalidade de edificar parâmetros cristãos de conduta para os nobres e demais homens. Tratava-se de uma política reforçada pela atuação de bispos interessados em estabelecer critérios de ação para clérigos e leigos a partir de constituições promulgadas em sínodos reformistas. Cruzando impressões de membros da casa de Avis com diferentes prescrições de bispos, este artigo visa examinar a complementaridade das ações monárquicas e eclesiásticas no fortalecimento do foro interior com destaque a autores da primeira metade do quatrocentos e às repercussões de seus debates em obras das décadas seguintes. Mais precisamente, o alvo consiste em analisar os jogos de poder que definiram os espaços de emenda da consciência no reino português quatrocentista.
Palavras-chave:
Portugal; Século XV; Reforma