Resumo:
O artigo analisa a relação de Nilo Peçanha com seu cão de estimação, Jicky. O vínculo existente entre esses dois seres individualizados, nas décadas iniciais do século XX, aponta para diversos aspectos da interação histórica entre homens e animais. Como líder em evidência e presidente da República, o relacionamento de Nilo Peçanha com seu cachorro foi representado na imprensa, explicitando sentidos culturais e políticos que remetiam tanto ao contexto da época como à imagem do advogado fluminense. Jicky tornou-se personagem do cenário público da Primeira República, encarnando, juntamente com o dono, novas possibilidades afetivas e velhas práticas políticas. As fontes utilizadas na pesquisa foram notícias de jornais e revistas, charges e documentos do acervo do Museu da República.
Palavras-chave:
Primeira República; Nilo Peçanha (1867-1924); História dos animais