Resumo
O estudo objetivou descrever e analisar possíveis diferenças nas atividades de educação em saúde realizadas por agentes comunitários de saúde durante a visita domiciliar. Foram analisados os dados de dois estudos transversais no contexto das Unidades Básicas de Saúde da Família dos municípios de Campina Grande (2010) e Queimadas (2011), no estado da Paraíba, Brasil. Em Campina Grande, foram elegíveis mulheres com crianças menores de um ano, selecionadas por sorteio sistemático, de 30% das unidades de saúde (n= 508). Em Queimadas, foram elegíveis todas as mulheres com crianças nascidas durante o ano de 2009, residentes no município e atendidas em todas as 16 unidades de saúde (n= 204). As mães foram questionadas sobre as atividades educativas desenvolvidas pelos agentes durante as visitas domiciliares. Uma maior proporção de mulheres indicou não receber visitas domiciliares no município de Campina Grande, foram encontradas deficiências relacionadas a orientações sobre o cuidado com a saúde da criança nos dois municípios e maior frequência de atividades educativas entre os agentes de Queimadas. As diferenças relativas ao trabalho dos agentes comunitários de saúde podem envolver fatores como desvalorização profissional e precárias condições de trabalho. Destaca-se a importância da capacitação e preparação dos enfermeiros para a supervisão do trabalho dos agentes.
Palavras-chave
agentes comunitários de saúde; Programa Saúde da Família; educação popular em saúde