Resgatando a discussão sobre a origem das competências na pedagogia e sua possível ressignificação ao subordiná-la ao conceito de qualificação como relação social, questiona-se, aqui, a possibilidade de essa noção orientar a construção de uma pedagogia contra-hegemônica. Tal questionamento é realizado analisando-se possíveis relações entre a pedagogia das competências, o (neo) pragmatismo e o chamado construtivismo radical, que podem estar fundando uma epistemologia pós-moderna, coerente com algumas tendências contemporâneas da Filosofia da Educação, com implicações sobre as teorias pedagógicas. Demonstrando que essas tendências negam a objetividade do conhecimento, admitindo-se o relativismo e o subjetivismo, conclui-se que a construção de uma pedagogia contra-hegemônica deve superar os princípios que dão significado à noção de competência e resgatar o trabalho como princípio educativo sob a perspectiva histórico-crítica das relações sociais.
competências; qualificação; construtivismo; pragmatismo