Resumo
Durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, o governo argentino determinou um bloqueio rigoroso que levou ao fechamento de todas as escolas. Consequentemente, o corpo docente continuou a lecionar remotamente, adaptando-se aos recursos tecnológicos disponíveis em suas escolas. Então, evidenciou-se uma segregação educacional entre os setores público e privado, aumentada pela exclusão digital existente. No ano seguinte, houve o regresso à presença escolar com protocolos rigorosos que visam minimizar o risco de contágio nas escolas. O presente trabalho desenvolve um método descritivo e qualitativo, baseado em entrevistas com professores do ensino médio de Bahía Blanca, Argentina. Eles foram questionados sobre suas percepções e experiências em relação à educação na pandemia durante os anos de 2020 e 2021. Nos resultados, destaca-se que a volta ao atendimento presencial conseguiu equilibrar as desigualdades educacionais evidenciadas no ano anterior pela brecha digital. Da mesma forma, tanto professores quanto alunos conseguiram se adaptar aos protocolos de saúde e valorizaram positivamente o retorno à sala de aula.
Palavras-chave:
Segregação educacional; Covid-19; Aulas presenciais; TIC; Ensino online; Desigualdade educacional