Resumo
Em percursos formativos com futuros/as professores/as de língua francesa, foi observado o apagamento da criticidade em planejamentos de sequências didáticas que envolvem a busca, seleção, análise, adaptação, organização e compartilhamento de materiais digitais ( Deschaine; Sharma, 2015 ). Tal problemática será discutida neste artigo, que visa explicitar limites e possibilidades nos processos de curadoria e criação de recursos técnico-pedagógicos para a educação linguística. Os resultados das análises até o momento realizadas apontam que as fontes às quais permanentemente recorrem aqueles estudantes na preparação de seus planos de aula (vídeos e podcasts instanciados em portais midiáticos e em plataformas de streaming ) podem inviabilizar o desenho didático ético, estético ( Rocha, 2019 ) e decolonial ( Veronelli; Daitch, 2021 ) de experiências de ensino-aprendizagem para a expansão de repertórios em línguas. Com o intuito de compreender o problema descrito, pretende-se, para além da discussão dos resultados parciais de duas pesquisas em andamento, apontar a necessidade de criarmos referenciais teórico-metodológicos que possam decolonizar a curadoria-autoria de materiais nesse campo, desde a formação de educadores/as à sua atuação em comunidades de aprendizagem.
Palavras-chave: Curadoria digital; Educação Linguística; Decolonialidade