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A INTERNACIONALIZAÇÃO A PARTIR DE DIFERENTES LOCI DE ENUNCIAÇÃO: AS CONCEPÇÕES DE SUJEITOS PRATICANTES DO CURRÍCULO PROFISSIONAL

INTERNATIONALIZATION FROM DIFFERENT LOCI OF ENUNCIATION: CONCEPTS BY THE PROFESSIONAL CURRICULUM PRACTITIONERS

RESUMO

A internacionalização da educação tem recebido diferentes definições e abordagens entre os países, instituições de ensino superior (IES) e demais agentes (KNIGHT, 2003KNIGHT, J. (2003). Updating the definition of internationalization. International Higher Education. v. 33, nº 6, pp. 2-3.; 2004KNIGHT, J. (2004). Internationalization remodeled: definition, approaches, and rationales. Journal of studies in international education. v. 8, nº 1, pp. 5-31.). Alguns autores, entretanto, têm identificado certos "equívocos" (DE WIT, 2011DE WIT, H. (2011). Internationalization of Higher Education: nine misconceptions. International Higher Education. nº 64, pp. 1-6.) e "mitos" (KNIGHT, 2011KNIGHT, J. (2011). Five myths about internationalization. International Higher Education. nº 62, pp. 14-15.) quanto às concepções que perpassam a ideia de internacionalização da educação, apontando possíveis riscos e consequências indesejáveis desse processo. Por essa razão, torna-se urgente discutir criticamente as diferentes definições que a internacionalização pode assumir (AZEVEDO, 2014AZEVEDO, M. L. N. (2014). A internacionalização da Educação Superior em questão: mitos, enganos e verdades. Horizontes LatinoAmericanos - Revista de Humanidades e Ciências Sociais do Mercosul Educacional. v. 3, nº 1, pp. 99-110.), em especial as perspectivas dos sujeitos praticantes (CERTEAU, 2009CERTEAU, M. (2009). A invenção do cotidiano: artes de fazer. 16ª Ed. Petrópolis: Vozes.) do currículo, objetivo principal deste estudo. A presente pesquisa buscou trazer as concepções de atores sociais do processo de internacionalização das IES, a saber, os servidores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT), acerca do conceito de internacionalização, em diálogo com as concepções de estudiosos da área. Para tanto, um questionário semiestruturado foi aplicado a servidores da RFEPCT com diferentes cargos e funções, representando, na medida do possível, as cinco regiões geográficas do Brasil. O estudo também contou com uma revisão de literatura dos principais modelos teóricos desenvolvidos e do debate sobre o processo de internacionalização das IES a partir de uma base crítica. Os dados oriundos dos questionários foram analisados qualitativamente, e a discussão é apresentada em diálogo com os estudos sobre internacionalização.

Palavras-chave:
Internacionalização da educação; sentidos produzidos por sujeitos praticantes do currículo; Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica

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