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QUANDO O PONTO DE CHECAGEM SE TORNA UM CONTRAPONTO: ESTASE COMO DISSIDÊNCIA QUEER

RESUMO

Este artigo nasceu de um sentimento de desconforto com o privilégio concedido ao movimento e à mobilidade nas abordagens críticas das ciências sociais e humanas, incluindo o trabalho crítico sobre a relação entre linguagem, sexualidade e espaço. É nossa opinião neste artigo que a estase pode ser utilizada como uma prática radical de rebeldia, e por isso também pode ser queer. A fim de argumentar que a imobilidade pode ser uma forma de ação social portadora do potencial de forjar uma política radical de dissidência, tomamos como exemplo o ponto de checagem no contexto de Israel/Palestina. Com base na noção de Said (1984SAID, E. (2000 [1984]). Reflections on exile. In: SAID, E. (ed.) Reflections on Exile and Other Essays. Cambridge: Harvard University Press, pp. 137-149., 1994)SAID, E. (1994). Culture and Imperialism. London: Vintage. do contraponto e na teorização de Stroud (2018)STROUD, C. (2018). Linguistic citizenship. In: LIM, L.; STROUD, C.; WEE, L. (eds), The Multilingual Citizen. Clevedon: Multilingual Matters, pp. 17-39. de cidadania linguística, ilustramos como o ponto de checagem pode tornar-se um contraponto corporal, discursivo e material que ativa as tensões irreconciliáveis entre utopia e distopia na busca por “uma resistência profunda a regimes do normal” (WARNER, 1993WARNER, M. (1993). Introduction. In: WARNER, M. (ed.), Fear of a Queer Planet. Minneapolis: University of Minnesota Press, pp. vii-xliv., p. xxvi).

Palavras-chave:
ponto de checagem; contraponto; Israel/Palestina; movimento; queer; resistência; estase

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