Resumo
Baseando-se nas filosofias pós-estruturalistas foucaultiana e derridiana, nas abordagens sociológicas da linguagem de Sousa Santos e Menezes de Souza, na conceituação produtiva de cultura de Stuart Hall e nos estudos visuais de Mirzoeff, Stam e Shohat, este artigo busca relacionar cultura visual, tradução cultural e educação linguística. De natureza qualitativa e interpretativista, esta reflexão é dividida em cinco seções principais: na introdução, abordagens filosóficas e sociológicas em relação à linguagem visual e cultura são apresentadas. A seção um problematiza a cultura visual, por meio da genealogia de corpos invisíveis. A próxima seção explora a evolução do modelo de tradução gramatical para a tradução cultural na cultura visual. Em seguida, o artigo revisita e desconstrói modelos de letramento dominantes por meio da tradução cultural. Finalmente, esta perspectiva genealógica em relação ao visual mostra que as formações históricas tradicionais retornaram aos cenários políticos e educacionais em nosso país e infelizmente têm promovido uma política de manipulação e alienação.
Palavras-chave:
filosofia da linguagem pós-estruturalista; cultura visual; tradução cultural; educação linguística