Este artigo discute a teoria da carnavalização de Mikhail Bakhtin com o objetivo de apontar alguns de seus elementos em peças shakespeareanas e em processos interativos de aulas de leitura dessas mesmas peças em escolas públicas de ensino fundamental na periferia de Belo Horizonte, Brasil. Notamos a relevância do debate ideológico e formas de poder na literatura como uma oportunidade de ampliar a consciência crítica dos alunos e para criar uma "sala de aula subversiva". Salientamos também a relevância da perspectiva carnavalesca não como válvula de escape mas como um ponto de vista que pode ajudar a entender e que corporifica nosso sistema social.
ensino da literatura; carnaval; interaçã