RESUMO
O português surgiu há 50 anos como curso na Universidade de Oslo (Noruega), por ser um canal importante de cultura, a fim de completar o ensino e a pesquisa romanísticos, e por razões práticas na esfera da indústria e dos negócios. De facto, a iniciativa partiu do último setor, embora preparada por um romanista. Com o tempo, o português tornou-se um curso como os outros. Contudo, com a mudança da ideologia da universidade e uma reorganização administrativa, os ideais académicos foram relegados a segundo plano. Também as considerações sociais e políticas foram negligenciadas. Cada vez menos recursos foram sendo atribuídos ao português, e a consequente baixa inevitável da procura por parte dos estudantes legitimou uma redução drástica do curso, testemunhando o desaparecimento do verdadeiro interesse pelos países e culturas lusófonos, não só da parte dos gestores académicos e da indústria, mas também do atual governo norueguês.
Palavras-chave: línguas estrangeiras; planeamento e liderança de universidades; língua portuguesa; Noruega