RESUMO
Analisa-se a participação da comunidade africana na eleição catarinense de 1846-1847. Discutem-se as disputas internas entre “pretos” e “crioulos” na Irmandade do Rosário e São Beneditino, os contextos que permearam os conflitos em torno da permanência de barracas e quitandas de africanos no Largo da Matriz, as perseguições contra ajuntamentos de escravos e forros encabeçados pela Sociedade Patriótica (maçonaria), a presença de jesuítas e partidários conservadores na Irmandade e, por fim, a poesia política de Marcelino Antonio Dutra. Deseja-se compreender a figuração sociopolítica em torno da formação do bipartidarismo na Província de Santa Catarina e a agência social dos africanos da Irmandade nesse contexto.
Palavras-chave:
Irmandade do Rosário; política partidária; Província de Santa Catarina; cidadania; africanos