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As viagens científicas realizadas pelo naturalista Martim Francisco Ribeiro de Andrada na capitania de São Paulo (1800-1805)

Resumos

Martim Francisco Ribeiro de Andrada é conhecido da historiografia sobretudo por sua atuação política no período da Independência, quando integrou o Gabinete dos Andradas, tendo sido o primeiro ministro da Fazenda do Brasil. Sua obra científica, no entanto, foi pouco estudada. O objetivo deste trabalho consiste em resgatar o perfil de naturalista na trajetória de vida do personagem, contribuindo assim para a historiografia das ciências no período da Ilustração luso-americana setecentista. Martim Francisco realizou diversas viagens científicas pela Capitania de São Paulo no exercício do cargo de Diretor Geral das Minas de Ouro, Prata e Ferro. As viagens serão analisadas como fazendo parte do projeto político-reformista posto em prática pelo principal ministro da Viradeira, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, que visava aproveitar racionalmente os recursos naturais, sobretudo os minerais, da sua principal colônia, o Brasil. Tais produções naturais eram vistas como fontes de riquezas imprescindíveis para a modernização do Império Português.

História das Ciências; História das Ciências na Capitania de São Paulo; Martim Francisco Ribeiro de Andrada.


Martim Francisco Ribeiro de Andrada is known for historiography above all his political performance in the Independence period, when he took part of the Gabinete dos Andradas, as the first Brazilian treasury Minister. His scientific studies work, however, was less studied. He fulfilled a series of scientific travels to São Paulo Captaincy in the range of the General Director of the Gold, Silver and Iron mines. These travels will be analysed as being part of the political-reformist project headed by the principal minister of Viradeira, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, that aimed to rationally take advantage of the natural resources, above all the minerals, of its most important colony, Brazil. Such natural productions were seen as richness sources essential for the modernization of the Portuguese Empire.

History of Sciences; History of Sciences in the São Paulo Captaincy; Martim Francisco Ribeiro de Andrada.


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  • 1
    ANDRADA, Antonio Carlos Ribeiro de. O ministro da fazenda da independência. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo LXXVI, Parte I, pp.361-452, 1913; COSTA, A. de Souza. O centenário de Martim Francisco. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, v. 183, abril-junho, pp.252-67, 1944; SOUSA, Alberto. Os Andradas. São Paulo: Tip. Piratininga, 1922. O presente artigo faz parte da minha tese de doutorado intitulada Atividades Científicas na "Bela e Bárbara" Capitania de São Paulo (1796-1823), defendida no Programa de História das Ciências do Instituto de Geociências da UNICAMP em novembro de 2005. Registra-se o apoio da CAPES.
  • 2
    A associação entre interesses científicos e políticos é bastante clara na trajetória histórica dos homens da Ilustração. Como exemplo, mencionamos o francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), que atuava ao mesmo tempo como químico, e Ferme Générale, coletor de impostos do Antigo Regime francês. Ver: BENSAUDE-VINCENT, Bernardette. In: SERRES, Michel (Dir.). Elementos Para uma História das Ciências. Lisboa: Terramar, 1996.
  • 3
    Para uma análise contextualizada e detalhada dessa Memória, ver: LYRA, Maria deLourdes Viana. A Utopia do Poderoso Império: Portugal e Brasil: Bastidores da Política, 1798-1822. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994; CARDOSO, José Luís. Nas malhas do Império: a economia política e a política colonial de D. Rodrigo de Sousa Coutinho. In: CARDOSO, José Luis (Org.) A economia política e os dilemas do Império luso-brasileiro (1790-1822). Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2001, pp.63-105.
  • 4
    SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A cultura luso-brasileira: da reforma da Universidade à Independência do Brasil. Lisboa: Estampa, 1999, p.183.
  • 5
    COUTINHO, D. Rodrigo de Sousa. Memória Sobre o Melhoramento dos Domínios de Sua Majestade na América (1797 ou 1798). In: COUTINHO, D. Rodrigo de Sousa. Textos Políticos, Econômicos e Financeiros (1783-1811). Lisboa: Banco de Portugal, 1993, p.51.
  • 6
    Ibidem, p.53.
  • 7
    CARDOSO, José Luís. Nas malhas do Império: a economia política e a política colonial de D. Rodrigo de Sousa Coutinho. In: CARDOSO, José Luis (Org.) A economia política e os dilemas do Império luso-brasileiro (1790-1822). Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2001, p.81.
  • 8
    FERLINI, Vera. São Paulo, de Fronteira a Território: Uma Capitania dos Novos Tempos. In: Laboratório do Mundo: idéias e saberes do século XVIII. São Paulo: Pinacoteca do Estado; Imprensa Oficial, 2004, p.21.
  • 9
    COUTINHO, D. Rodrigo de Sousa. Memória Sobre o Melhoramento dos Domínios de Sua Majestade na América (1797 ou 1798). In: COUTINHO, D. Rodrigo de Sousa.Textos Políticos, Econômicos e Financeiros (1783-1811). Lisboa: Banco de Portugal, 1993, p.48.
  • 10
    BELLOTTO, Heloisa Liberalli. Autoridade e Conflito no Brasil Colonial: O Governo do Morgado de Mateus em São Paulo. São Paulo: Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1972; BRESSANIN, Marcelo. A cidade entre as colinas: o olhar ilustrado e as paisagens urbanas paulistanas, 1765-1822.Dissertação de Mestrado em História - IFCH/ UNICAMP. Campinas, 2002; LOURENÇO, Fernando Antonio. Agricultura Ilustrada. Liberalismo e Escravismo nas Origens da Questão Agrária Brasileira. Campinas (SP): Ed. Unicamp, 2001.
  • 11
    LOURENÇO, Op. Cit. p.126.
  • 12
    Entendemos o termo Império Português segundo a definição desenvolvida por João Fragoso: "O Império luso era mais que uma simples entidade político-administrativa com sede em Lisboa, sendo, em realidade, um espaço econômico com alto grau de refinamento. Espaço que, entendido como uma intricada rede de negócios em que a política estava mais que presente, tinha suas características e personagens próprios". FRAGOSO, João. A noção de economia colonial tardia no Rio de Janeiro e as conexões econômicas do Império Português: 1790-1820. In: FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima (Org.) O Antigo Regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (Séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p.324.
  • 13
    O período da "Viradeira" será compreendido, seguindo Diogo Ramada Curto, como a expressão de uma dupla maneira de se conceber a política. De um lado, observamos uma maneira de conceber a política fundada na reforma do aparelho de Estado, no domínio fiscal, militar ou da administração da justiça. Por outro lado, uma outra política baseada em dádivas liberais e mercês, e na formação de laços pessoais ou clientelares, política esta bem característica das sociedades do Antigo Regime. Seguindo essa perspectiva de se fazer política, o Estado era visto na lógica de uma série de nomeações, capazes de alimentar clientelas ou redes de interesses pessoais. Os cargos eram obtidos não em função das qualidades da pessoa, mas das amizades que ela construía e era capaz de cultivar. Havia um forte vínculo entre as competências técnicas e as relações de confiança. CURTO, Diogo Ramada. D. Rodrigo de Sousa Coutinho e a Casa Literária do Arco do Cego. In: CAMPOS, Fernanda Maria Guedes de et al. (Org.) A casa literária do Arco do Cego (1799-1801) - Bicentenário: Sem livro não há instrução. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda-Biblioteca Nacional, 1999, p.32. Russell-Wood argumentou que enquanto os favores régios podiam aumentar o status quo através do reforço da grandeza e da nobreza, eles contribuíam para a reprodução de uma sociedade altamente hierarquizada e excluíam amplos segmentos da população de participarem do governo, sendo igualmente utilizados como instrumentos de representação e disputa entre diferentes grupos. RUSSELLWOOD, A. J. R. Prefácio. In: FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda; GOUVÊA, Maria de Fátima Silva. O Antigo Regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p.17.
  • 14
    MATOS, Ana Maria Cardoso de. Ciência, tecnologia e desenvolvimento industrial no Portugal oitocentista. O caso dos lanifícios do Alentejo. Lisboa: Estampa, 1998.
  • 15
    LOPES, Maria Margaret; SILVA, Clarete Paranhos da. Investigações em História Natural no Ceará: os estudos do naturalista João da Silva Feijó (1760-1824). Revista Ciências Humanas. Revista da Universidade de Taubaté. Taubaté, ano IX, v. 9, n. 1, p. 69-75, 2003.
  • 16
    ILVA, Clarete Paranhos da. O desvendar do grande livro da natureza: um estudo da obra do mineralogista José Vieira Couto, 1798-1805. São Paulo: Annnablume/Fapesp; Campinas: Unicamp, 2002.
  • 17
    MELLO, José Antonio Gonsalves de. Manuel Arruda da Câmara - obras reunidas. Obra coligida e com estudo biográfico. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1982.
  • 18
    MENDONÇA, Marcos Carneiro de. O Intendente Câmara. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1958.
  • 19
    SILVA, Clarete Paranhos da. Garimpando Memórias: as Ciências Mineralógicas e Geológicas no Brasil na Transição do Século XVIII Para o XIX. Tese de Doutorado - DGAE/IG/ Unicamp. Campinas, 2004.
  • 20
    DOMINGUES, Ângela. Um novo conceito de ciência ao serviço da razão de Estado: a viagem de Alexandre Rodrigues Ferreira ao norte brasileiro. In: Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. Ciclo de Conferências. Lisboa: Academia de Marinha, 1992, pp.17-32.
  • 21
    Maria Amélia Mascarenhas Dantes definiu o processo de institucionalização da ativi-dade científica como o processo de construção de uma prática e de um discurso científico que requerem um conjunto de medidas de implantação, desenvolvimento e consolidação das atividades científicas. Tal processo não se restringe meramente às análises funcionais das instituições científicas, mas também a todas as possibilidades de realização de investigação e divulgação de investigações científicas. Um museu, uma revista, uma expedição de exploração são da mesma forma espaços institucionais, embora apresentem características diversas e específicas. Ademais, também são constituintes desse processo, como argumentou Lopes (1999:217-218), as diferentes concepções científicas que forjadas nos contextos de disputas que se estabelecem, os diferentes apoios e rejeições de grupos sociais com seus interesses privados e públicos, e a comunidade científica, que os viabiliza, entre outros. DANTES, Maria Amélia Mascarenhas. Fases da implantação da ciência no Brasil. Quipu. México, v. 5, n.2, p. 266-67, maio-agosto de 1988.
  • 22
    SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A cultura luso-brasileira: da reforma da Universidade à Independência do Brasil. Lisboa: Estampa, 1999.
  • 23
    SANTOS, Afonso Carlos Marques dos. Do projeto de Império à Independência: notas acerca da opção monárquica na autonomia política do Brasil. Anais do Museu Histórico Nacional. Rio de Janeiro, v. 30, p.17, 1998.
  • 24
    JANCSÓ, István; PIMENTA, João Paulo G. Peças de um mosaico: ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira. In: MOTA, Carlos Guilherme da Mota (Org.) Viagem incompleta, 1500-2000. A Experiência Brasileira. Formação: Histórias. São Paulo: Senac, 2000, p. 145-46.
  • 25
    A obra traduzida por Martim Francisco foi: Manual do Mineralógico, ou esboço do reino mineral, disposto segundo a análise química por Mr. Torbern Bergman, Cavaleiro da Ordem de Wasa, Professor de Química em Upsala, membro de muitas academias. Publicado por Mr. Ferber, professor de química em Mittaw; Traduzido e aumentado de notas por Mr. Monge'Z, o moço, e consideravelmente aumentada por M. J. C. de La Metherie. Ultimamente traduzido por Martim Francisco Ribeiro de Andrada Machado (1799-1800, 2.v.).
  • 26
    A obra traduzida por Martim Francisco foi: Tratado sobre o cânhamo, composto emfrancês por Mr. Marcandier, Conselheiro na Eleição de Burges. Traduzido de Ordem de S. A. R. o Príncipe do Brasil, Nosso Senhor em benefício da Agricultura, e Marinha do Reino e Domínios Ultramarinos (1799).
  • 27
    NUNES, Fátima; BRIGOLA, João Carlos. José Mariano da Conceição Veloso (1742-1811) - Um frade no universo da natureza. In: CAMPOS, Fernanda Maria Guedes de et al. (Org.) A casa Literária do Arco do Cego (1799-1801) - Bicentenário: Sem livros não há instrução. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda-Biblioteca Nacional, 1999, p.51.
  • 28
    DOCUMENTOS INTERESSANTES para a história e costumes de São Paulo. São Paulo: Divisão do Arquivo do Estado/Secretaria de Estado de Cultura, v. 89, 1950, p. 145.
  • 29
    DOCUMENTOS INTERESSANTES para a história e costumes de São Paulo. São Paulo: Divisão do Arquivo do Estado/Secretaria de Estado de Cultura, v. 29 e 30, 1899, p.166.
  • 30
    FIGUEIRÔA, Silvia F. de M. Ciência na Busca do Eldorado: A Institucionalização das Ciências Geológicas no Brasil, 1808-1907. São Paulo: Hucitec, 1997, pp.39-40.
  • 31
    PINTO, Manuel Serrano. Aspectos da história da mineração no Brasil colonial. In: FREITAS, Fernando Antonio de Lins. Brasil 500 anos: a construção do Brasil e da América Latina pela mineração. Rio de Janeiro: Cetem/MCT, 2000, p.34.
  • 32
    FIGUEIRÔA, Silvia F. de M. Ciência Mineralogia/Mineração. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, jul.-set, p.288, 2002.
  • 33
    Sobre a discussão acerca da noção de decadência presente nos textos de memorialistas portugueses, ver o primeiro capítulo, intitulado O Falso Fausto, do livro de: SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 1986. Por sua vez, informações mais detalhadas sobre a discussão dos que se colocavam a favor ou contra a mineração constam na tese de doutorado de: SILVA, Clarete Paranhos da. Garimpando Memórias: As Ciências Mineralógicas e Geológicas no Brasil na Transição do Século XVIII para o XIX. Tese de Doutorado - DGAE/IG/ UNICAMP. Campinas, 2004.
  • 34
    COUTINHO, D. Rodrigo de Sousa. Discurso sobre a verdadeira influência das minas de metais preciosos na indústria das nações. In: Memórias Econômicas da Academia Real das Ciências de Lisboa, Para o Adiantamento da Agricultura, das Artes, e da Indústria em Portugal, e suas Conquistas (1789-1815), tomo I. Lisboa: Banco de Portugal, 1990, p.182.
  • 35
    Ibidem, p.180.
  • 36
    LOPES, Maria Margaret; SILVA, Clarete Paranhos da. O ouro sob as luzes: a 'arte' deminerar no discurso do naturalista João da Silva Feijó (1760-1824). História, Ciências, Saúde - Manguinhos. Rio de Janeiro, v.11(3), p.731-50, 2004.
  • 37
    VARELA, Alex Gonçalves. Juro-lhe pela honra de bom vassalo e bom português: filósofo natural e homem público - uma análise das memórias científicas do Ilustrado José Bonifácio de Andrada e Silva (1780-1819). Dissertação de Mestrado - DGAE/IG/UNICAMP. Campinas, 2001.
  • 38
    GOHAU, Gabriel. História da geologia. Lisboa: Publicações Europa-América, 1988.
  • 39
    MENDONÇA, Marcos Carneiro de. O Intendente Câmara. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1958.
  • 40
    Ibidem, p.72.
  • 41
    DOCUMENTOS INTERESSANTES para a história e costumes de São Paulo (DI). SãoPaulo: Divisão do Arquivo do Estado/Secretaria de Estado de Cultura, 1950, vol. 89, p. 207.
  • 42
    Ibidem, p.243.
  • 43
    Os três diários das viagens realizadas por Martim Francisco encontram-se em: ROTEIROS E NOTÍCIAS de São Paulo Colonial (1751-1804). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, 1977.
  • 44
    BOURGUET, Marie-Noëlle. O explorador. In: VOVELLE, Michel. O Homem do Iluminismo. Lisboa: Presença, 1997, p.230-31.
  • 45
    KURY, Lorelai Brilhante. Les Instructions de Voyage dans les Expeditions Scientifiques Françaises. Revue d'Histoire des Sciences. Paris, v.51, n.1, p. 65-91, 1998.
  • 46
    Sobre as instruções de viagem elaboradas por Vandelli, ver: FIGUEIRÔA, Silvia F. deMendonça; SILVA, Clarete Paranhos da & PATACA, Ermelinda Moutinho. Aspectos Mineralógicos das Viagens Filosóficas Pelo Território Brasileiro na Transição do Século XVIII para o Século XIX. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. Rio de Janeiro, v. 11, n.3, pp. 713-29, 2004.
  • 47
    MUNTEAL FILHO, Oswaldo. Domenico Vandelli no anfiteatro da natureza: a cultura científica do reformismo ilustrado português na crise do antigo sistema colonial (1779-1808). Dissertação de Mestrado em História - PUC-Rio. Rio de Janeiro, 1993; MUNTEAL FILHO, Oswaldo. Uma sinfonia para o novo mundo: a Academia Real das Ciências de Lisboa e os caminhos da Ilustração luso-brasileira na crise do Antigo Sistema Colonial. Tese de Doutorado em História - IFCS/UFRJ. Rio de Janeiro, 1998.
  • 48
    BRIGOLA, João Carlos Pires. Coleções, gabinetes e museus em Portugal no século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
  • 49
    BREVES INSTRUÇÕES aos Correspondentes da Academia das Ciências de LisboaSobre as Remessas dos Produtos e Notícias Pertencentes à História da Natureza Para Formar um Museu Nacional. Lisboa: Régia Oficina Tipográfica, 1781, p.33.
  • 50
    Ibidem, p.40.
  • 51
    OUTRAM, Dorinda. New Spaces in Natural History. In: JARDINE, N.; SECORD, J. A.; SPARY, E. C. (Ed.) Cultures of Natural History. Cambridge: Cambridge University Press, 1997, p.259.
  • 52
    Jean-Marc Drouin argumentou que nem todos os viajantes eram naturalistas e nemtodos os naturalistas eram viajantes. Segundo o autor, sempre existiram, em todas as épocas, viajantes indiferentes à fauna e à flora e naturalistas de gabinete ou de jardim que só viajavam em pensamento. Numerosos foram os viajantes conhecidos pela sua contribuição à História Natural. A segunda metade do século XVIII foi o momento de ápice no surgimento das grandes expedições científicas. Grandes empreendimentos coletivos surgiram nesse momento, como muitos naturalistas lançaram-se, quase ou completamente sós, em périplos frutuosos. DROUIN, Jean-Marc. De Lineu a Darwin: os viajantes naturalistas. In: SERRES, Michel (Dir.) Elementos para uma história das ciências. Lisboa: Terramar, 1996, p. 369.
  • 53
    A prática científica de Martim Francisco caracterizou-se por informar os minerais emseus locais de ocorrência. Por todas as localidades da Capitania por que passou, preocupou-se sempre em fornecer as informações exatas sobre a localização espacial das produções naturais do reino mineral. Essa preocupação com a localização espacial dos metais era, como argumentou Hamm, uma prática presente na tradição mineralógica do final do século XVIII. A Mineralogia tinha uma dimensão geográfica, devendo os minerais, rochas e metais serem descritos e observados no local de sua ocorrência. Como mostrou Hamm, os mineralogistas do final do século XVIII, como Leibniz e Werner, entre outros, argumentavam que as espécies minerais necessitavam também da geografia, não simplesmente da descrição ou da história natural básica. Em outras palavras, as descrições dos minerais e as explicações sobre seus lugares ou ocorrência não se apresentavam dissociadas. HAMM, E. P. Knowledge from underground: Leibniz mines the enlightenment. Earth Sciences History. New York, v. 16, n. 2, p.80, 1997.
  • 54
    PRATT, Mary Louise. Os Olhos do Império. Relatos de viagem e transculturação. São Paulo: Edusc, 1999.
  • 55
    KOK, Glória. O Sertão Itinerante: Expedições da Capitania de São Paulo no Século XVIII. São Paulo: Hucitec; Fapesp, 2004, p.39.
  • 56
    SÜSSEKIND, Flora. O Brasil não é longe daqui: o narrador, a viagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1990, p.116.
  • 57
    RUDWICK, Martin. Minerals, strata and fossils. In: JARDINE, N.; SECORD, J. A.; SPARY, E. C. (Ed.) Cultures of natural history.Cambridge: Cambridge University Press, 1997, pp.267-86.
  • 58
    ARRUDA, José Jobson de Andrade. O Sentido da Colônia. Revisitando a Crise doAntigo Sistema Colonial no Brasil (1780-1830). In: TENGARRINHA, José (Org.) História de Portugal. Bauru, SP: Edusc; São Paulo: Unesp; Portugal: Instituto Camões, 2000, pp.167-185; DIAS, Maria Odila da Silva. Aspectos da Ilustração no Brasil. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, v. 278, pp. 105-70, janeiromarço de 1968; NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial. 6. Ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
  • 59
    BOURGUET, Marie-Noëlle. O explorador. In: VOVELLE, Michel. O Homem do Iluminismo. Lisboa: Presença, 1997, p.237.
  • 60
    KURY, Lorelai Brilhante. Entre utopia e pragmatismo: a História Natural no IluminismoTardio. In: SOARES, Luiz Carlos (Org.) Da revolução científica à big (business) science. São Paulo: Hucitec; Niterói: Eduff, 2001, p. 125.
  • 61
    Apud LEITE, Miriam Moreira. Livros de Viagem, 1803-1900. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997, p.200.
  • 62
    Angela Domingues vem pesquisando a constituição das redes de informação sobre oImpério Português, promovida pelo Estado a partir das últimas décadas do século XVIII. DOMINGUES, Ângela. Para um melhor conhecimento dos domínios coloniais: a constituição de redes de informação no Império Português em finais de setecentos. Ler História. Lisboa, n.39, pp. 19-34, 2000.
  • 63
    RUPKE, Nicholas A. Caves, Fossils and the History of the Earth. In: CUNNINGHAM, Andrew; JARDINE, Nicholas. (Ed.) Romanticism and the Sciences. Cambridge: Cambridge University Press, 1990, p.152.
  • 64
    RUDWICK, Martin. Minerals, strata and fossils. In: JARDINE, N.; SECORD, J. A.; SPARY, E. C. (Ed.) Cultures of natural history. Cambridge: Cambridge University Press, p.280, 1997.
  • 65
    LOPES, Maria Margaret; FIGUEIRÔA, Silvia F. de Mendonça. Understanding volcanism in Brazil: a preliminary survey on Portuguese and Brazilian geoscientists' ideas (1797-1943). Estratto Proceedings of the 20th INHIGEO Symposium. Napoli-eolie-Catania (Italy), p.162, 1998.
  • 66
    LAUDAN, Rachel. From mineralogy to geology: the foundations of a science, 1650-1830. Chicago: The Univ. of Chicago Press, 1987.
  • 67
    DOCUMENTOS DOCUMENTOS INTERESSANTES para a história e costumes de São Paulo (DI). São Paulo: Divisão do Arquivo do Estado/Secretaria de Estado de Cultura, v. 29 e 30, 1899; v. 31, 1901; v. 39, 1902; v. 44, 1915; v. 55, 1937; v. 57, 1937; v. 59, 1937; v. 87 e 89, 1950; v. 93, 1980; v. 94 e 95, 1990. Artigos

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    Maio 2006
  • Aceito
    Dez 2006
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