Acessibilidade / Reportar erro

Antropologia católica e história da Itália

A presença da essência católica na sociedade italiana é tão penetrante, a ponto de ela se ter tornado quase invisível, natural, como o ar que se respira. Não é por acaso que parcela significativa da historiografia do Estado moderno tenha dedicado a sua atenção a períodos anteriores, principalmente aos séculos XV e XVI, quando o Estado moderno nascia nas grandes monarquias europeias, deixando a Itália para trás. A historiografia da Igreja, muitas vezes, também concentrou suas atenções sobre a heresia e o debate anterior ao Concílio de Trento, e não sobre a Igreja que veio a se consolidar no período posterior. Seria positivo, portanto, indagar não tanto sobre o que foi dito ou pensado sobre as relações entre leigos e católicos, ou entre instituições do Estado e autoridades eclesiásticas. Quero propor algumas indagações sobre os efeitos sobre o senso comum relativo à política e à justiça que a presença paralela do Estado e da Igreja produziu na mentalidade dos cidadãos, convencido de que existe uma antropologia católica que torna o senso comum um terceiro personagem importante na história das relações entre Estado e Igreja.

catolicismo; sociedade italiana; sistema político; sistema jurídico.


Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: topoi@revistatopoi.org