RESUMO
O aumento da violência política após a implantação da República em outubro de 1910 e a incapacidade do Estado em manter a ordem encontraram na indústria seguradora uma nova forma de proteção contra o risco de destruição e perda de propriedade. O seguro contra greves e tumultos articulou uma indústria em expansão com um crescente sentimento de insegurança por parte da burguesia. Através da análise de imprensa nacional e internacional, relatórios policiais e correspondência de seguradoras, este artigo analisa a introdução, a difusão e o declínio do seguro contra greves e tumultos em Portugal.
Palavras-chave:
Portugal; seguros; protesto social; segurança privada; riscos políticos