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Com Furores de Marte e com Astúcias de Mercúrio: O Dell'Arte Historica (1636) de Agostino Mascardi

Resumos

O ensaio apresenta, na primeira parte, o Dell'Arte Historica (1636) de Agostino Mascardi e seu ambiente letrado; traduz e comenta, na segunda parte, as passagens mais relevantes da preceptiva, a fim de estabelecer uma descrição de sua doutrina que permita definir, na terceira parte, os modos ibérico-italianos de escrita seiscentista da história em seus diferentes subgêneros. Pensa-se contribuir, assim, não só com a recepção do importantíssimo, mas quase desconhecido no Brasil, Dell'Arte Historica, como também contribuir para os estudos de gênero histórico do século XVII.

teologia-política; retórica; história; gênero histórico; Dell'Arte Historica; Agostino Mascardi.


The essay presents, in the first part, the Dell'Arte Historica (1636) by Agostino Mascardi and its lettered environment; it translates and comments, in the second part, the most considerable passages from perceptive, in order to establish a description of its doctrine that allows to define, in the third part, the Iberian-Italian ways of the sixteen hundred written of the History in different subdivisions. It's thought to contribute, this way, not only with the reception of the important Dell'Arte Histories by Agostino Mascardi, wich is almost unknown in Brazil, but also to the studies of the historical divisions of the XVII century.

political-theology; rethoric; history; historical genre; Dell' Arte Historica; Agostino Mascardi


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  • 1
    O historiador, poeta, professor de retórica e preceptista de arte histórica e de arte poéti-ca, Agostino Mascardi nasceu em Sarzane, província do Estado de Gênova, em 1591 e morreu em 1644. O primeiro biógrafo de Mascardi é, talvez, Mannucci. Cf. MANNUCCI, F. L. La vita e le opere di Agostino Mascardi com appendici di lettere e altri scritti inediti e um saggio bibliografico. In: Atti della Società Ligure di Storia Patria, XLII, 1908, pp. 4 sgg.
  • 2
    Trata-se de Doutrina seiscentista da arte histórica: discurso e pintura das guerras holan-desas (1624-1654). Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005. Esse trabalho teve como orientador o Professor Doutor João Adolfo Hansen e o subsídio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), aos quais agradeço. Agradeço também a Sérgio Ferreira Mendes pela revisão da tradução das passagens em italiano.
  • 3
    Cf. MASCARDI, Agostino. Dell'Arte Historica - Tratati Cinque. Roma: Apresso Giacomo Facciotti, 1636.
  • 4
    Op. cit., 1º Tratado, cap. I, p. 3.
  • 5
    Cf. TESAURO, Emanuele. Il Cannocchiale Aristotélico ossia idea delle argutezze heroiche volgarmente chiamata impresse examinate infonte co' rettorici precetti del divino Aristotele, che comprendono tutta la Retorica e la Poética Elocuzione. Turin: Sinibaldo, 1654.
  • 6
    Cf. HANSEN, João Adolfo. "Juízo e engenho nas preceptivas poéticas do século XVII". In: NASCIMENTO, Evando et OLIVEIRA, Maria Clara Castellões de. (Orgs.). Literatura e filosofia: diálogos. v. 1. Juiz de Fora/São Paulo, 2004, p. 98.
  • 7
    Idem ibidem, p. 102. Como propõe Hansen, o efeito icástico consiste "na união doentendimento com a fantasia e implica a proporção adequada como meio-termo de dialética e ornamento: é, genericamente, o da representação entendida como icástica ou proporcionada", pois mantém "a unidade entre as coisas da invenção e as palavras da elocução". Com isso, tem-se "'fantasia com juízo', a fantasia recorre ao juízo e, guiada por ele, expõe as imagens que apreendeu por meio dos sentidos. Também pela união ou pela separação dessas imagens, confere-se ser a forma a novas imagens, que não existiam antes. O que se faz, contudo, subordinando-se a fantasia ao juízo, como controle ou regramento da figuração". Idem ibidem, pp. 111-112.
  • 8
    Cf. MASCARDI. Op. cit, partícula VI do 4º Tratado, pp. 399-407.
  • 9
    Cf. op. cit, p. 103.
  • 10
    Idem ibidem, pp. 127-128.
  • 11
    Cf. Op. cit, pp. 7-8.
  • 12
    Carta endereçada ao 3º Conde da ericeira, D. Luís de Meneses datada de 1688.
  • 13
    Cf. FUMAROLI, Marc. Op. cit, pp. 135-136.
  • 14
    Cf. BERTELLI, Sergio. Rebeldes, libertinos y ortodoxos en el barroco. Trad. Marco-Aurelio Galmarini. Tard. Latim Privat Rodríguez Sadurní. Barcelona: Ediciones Península, 1984, p. 69.
  • 15
    Essa recepção encontra-se ao final do volume, logo após o índice das matérias.
  • 16
    Cf. BERTELLI, Sergio. Op. cit., p. 36.
  • 17
    Cf. NICERONE. Op. cit Ainda no século XVIII vai circular outra recepção de Mascardi, porém já em chave iluminista. Cf. NAPIONE, Gian Francesco Galeani. Prefazione. In: Saggio sopra l'Arte storica. Torino, 1773. Cito: "(...) Foi Agostino Mascardi, que no século passado se ocupou dessa arte amplamente, quem disse, haver no ânimo dos observadores preceitos para se pôr em prática em uma história determinada (...)".
  • 18
    Cf. BARTOLI, Adolfo. (1859); cf. edições das respectivas casas Mucchi e Rosa diGericó (1994).
  • 19
    Cf. TIRABOSCHI, Girolamo. Storia della Letteratura Italiana. Venezia: Typ. Molinari, 1824, pp 591-593; BAYLE. Dict, 3ª ed. t. 3, 1720, p. 1953. Cf. Enciclopedia Italiana di Scienze, Lettere ed Arti. Roma: Instituto della Enciclopedia Italiana fondata da Giovanni Treccani, 1949; FLORA, Francesco. Il Cinquecento (parte 2ª) - Il Seicento - Il Settecento. In: Storia della Letteratura Italiana. v. III. Nouva Edizione riveduta e ampliata. Arnaldo Mondadori Editore, 1956.
  • 20
    Cf. SANTOS, Magnólia Costa. Nicolas Poussin: Idéia da Paisagem. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1997, pp. 192/215.
  • 21
    Cf. BETTARINI, Masca. Agostino Mascardi scrittore e teórico della storiografia nel Seicento. Verona: Quaderni di 'Nova Historia', 1953.
  • 22
    Cf. MANUCCI, F. L. Op. cit.
  • 23
    Cf. BERTELLI, Sergio. Op. cit., p. 129.
  • 24
    Cf. BELLINI, Eraldo. Agostino Mascardi fra "ars poetica" e "ars historica". In: Studi setenteschi, v. XXXII, 1991.
  • 25
    Cf. MASCARDI, Op. cit, pp. 1-22.
  • 26
    "(...) che gl'isegnamenti indirizzati alla prattica; per agevolar à me stesso, & à qualunque fosse vago di questi studi, il modo di ben comporre un' historia, sotto l' esempio de' grandi antichi (...)". Op. cit., p. 1-2.
  • 27
    "(...) la materia, intorno à cui fatica ne' suoi racconti l'historico, havessi poscia accennato il modo di ben disporla, e formarla (...)". Idem ibidem, p. 2. Lembro que todas as citações em italiano seguem a grafia seiscentista encontrada no volume consultado.
  • 28
    "(...) diffinisce una catena di narrationi gentilmente intrecciate, può peraventura dir vero, non per tanto rimane mancante insieme, e confuso: perche molte narrationi da' favoleggiatori con bell' arte s' intercciano, che nondimeno historia veramente non sono (...)". Idem ibidem, p. 4.
  • 29
    Idem ibidem, pp.2-4; 7.
  • 30
    Idem ibidem, pp. 23-42.
  • 31
    Idem ibidem, p. 30.
  • 32
    "(...) l'ufficio di componitor dell' historia, e solito à commettersi à personaggi d' eccellenti qualità, e per sourane dignità meritevoli di riverenza (...)". Idem ibidem.
  • 33
    Idem ibidem, pp. 43-66.
  • 34
    "(...) Quindi nacquero l' Effemeridi, ò vogliam dire i Diarij, gli Annali, le Cronache, î Commentarij, e le Vite, che tutte nomar historie (...), perche tutte s' indirizzano ad eternar le memorie degli avenimenti passati, per ammaestramento della posterità (...)". Op. cit., p. 43.
  • 35
    Idem ibidem, p. 44.
  • 36
    Idem ibidem, p. 47.
  • 37
    "(...) che l' Effemeridi, e nominatamente di quei di Cesare, dice (favellando della fraude, con che i Germani sotto la tregua assalito l' havevano (...)". Idem ibidem, p. 54.
  • 38
    Idem ibidem.
  • 39
    Idem ibidem, p. 58.
  • 40
    Idem ibidem, p. 59.
  • 41
    "(...) l' historia essere um racconto degli accidenti veduti dallo scrittore, l' annale una narratione d' avvenimenti da' nostri tempi, e dalla nostra ricordanza lontani, come non riceuuta, nè dall' uso de' buoni, nè da ragione, che la sostenti, s' è da noi volontariamente lasciata; parendoci, che dal modo delo scrivere ristretto al giro dell' anno, e da qualche parte della materia più minuta, possano gli annali bastevolmente distinguirsi dall' historia (...). Delle cronache poi diremo solo, di lor natura altro non essere; che l´historia de' tempi (...). Rimane hora, che delle Vite alcuna cosa s' osservi, e sarebbe materia non solamente dilettosa, mà necessaria (...) che l' attioni d' homini santi raccontano: le quali bene spesso, quanto con la maraviglia douuta alla virtù transcendente i confini dell' humana debolezza, rapirebbono gli occhi, e l' animo de leggenti; tanto per l' imperitia, ò per la verbosità di chi fabrica (...)". Op. cit., pp. 61-63.
  • 42
    Idem ibidem, p. 64.
  • 43
    "(...) Sappia primeiramente chi scrive una vita, (...), per regolar il costume (...), si può dalle vite degli huomini guerniti d' eminente virtù (...), conducendo il suo personaggio dalla prima nascita fino all' ultima caduta (...)". Idem ibidem, p. 64.
  • 44
    Idem ibidem, pp. 66-92.
  • 45
    Idem ibidem, p. 69-70.
  • 46
    Idem ibidem, p. 87-88.
  • 47
    "(...) Ne la Geografia di sua nature è argomento d' historia, tutto che tale esser possa per acidenti, perche se nella descrittione de' luoghi, come porta il nome, s' impiega; (...) non fai mai, che giustamente narratione historica (...). La Geografia (...) è un' imitatione d' una pittura di tutto il corpo della terra conosciuta (...)". Idem ibidem, pp. 87-88.
  • 48
    Idem ibidem, pp. 92-105.
  • 49
    Idem ibidem, p. 103.
  • 50
    "(...) Rimane hora à giustificar il titolo del libro, per disaminar se l' historia cada sotto i precetti dell' arte, cioè à dire se si possano prescriver regole certe, com l' indirizzo delle quali altri componga artificiosamente l' historia (...). (...) scrivo dell' arte historica, fù mossa parimente à Quintiliano, quando scriveva dell' arte rettorica (...)". Idem ibidem, p. 103.
  • 51
    Idem ibidem, pp. 108-116.
  • 52
    Idem ibidem, p. 109.
  • 53
    Idem ibidem, pp. 110-111.
  • 54
    "(...) Si come il fondamento della fede publica nelle cose civili, dipende dalla penna degli scritori, così dee studarsi l' historico, che la verità nelle sue carte habbia luogo incontaminate, e sincero (...)". Idem ibidem, p. 108.
  • 55
    Idem ibidem, pp. 117-129.
  • 56
    "(...) La fede , che si presta all' historie è fede humana, cioè a dire sempre congiunta col' l dubbio, poiche nell' essenza non s' allonta dall opinione. E dunque ingiurioso il lettore, se chiede dall' historico la certezza infalibile, appoggiata all' autorità, che non riceva contrasto (...)". Idem ibidem, p.127-128.
  • 57
    "(...) alla fede divina la verità tanto indubitata, quanto si si dee alla divinità, che la rivela (...)". Idem ibidem.
  • 58
    "(...) d' um huomo savio, e di conosciuta bontà, che mai per eletione non mente (...)". Idem ibidem.
  • 59
    Idem ibidem, pp. 129-142.
  • 60
    Idem ibidem, p. 131.
  • 61
    "(...) Questo primo insegnamento, di non contaminar la candidezza della verità con le bugie, è tanto necessario, che secondo il sentimento di Timeo presso Políbio, l´historia perde la sua natura, se perde la verità. Specchio della vita humana è l' historia, ma se lo specchio non rende l' imagine del volto somigliante all' opposto esemplare, ne può nomarsi specchio, ne la figura, che rappresenta, per imagine si ricosce. Polignoto, e Dionigi furono di pinttori eccelenti, mà il primo formava con l' arte i ritratti molto piu belli, che la natura non haveva fabricati (...); il secondo poneva tutto l' ingegno in trapportar un volto nelle sue tele. Polignoto a mio parere è simbolo del poeta (...). Dionigi è l' historico, che prende religiosamente tramanda alla posterità la semplice sembianza del vero (...)". op. Cit., p. 131-132.
  • 62
    Idem ibidem.
  • 63
    Idem ibidem, pp. 142-158.
  • 64
    Idem ibidem, pp. 151-153.
  • 65
    "(...) Questo verosimile, che intorno à materia falsa s' aggira, falso anch' egli parimente s' appella (...) Hor questo verosimile, che si conforma co' l fatto, s' appella vero (...)". Idem ibidem, p. 152.
  • 66
    "(...) Finge Virgilio per cagion d' esempio, Didone Reina di Cartagine innamorata d' Enea, ch' abbandonata, e tradita furiosamente s' uccide. Il fatto è tutto falso, (...) rattiene com tuttociò la somiglianza del vero (...). All' incontro Scipione, (...) vede una bellissima donzella fra la turba de prigionieri, e poteva (...) usar del fruto del vittoria recandola a suoi piaceri, egli non tanto (...) con le leggi della ragione conserva inviolata la donzella (...). Il fatto è vero mà parimente è verisimile (...)". Idem ibidem, p. 151-152.
  • 67
    Idem ibidem.
  • 68
    Idem ibidem, pp. 159-169.
  • 69
    Idem ibidem, pp. 170-188.
  • 70
    Idem ibidem, p. 171.
  • 71
    "(...) si scrive (historia) (...) per formar nell ' animo di chi legge il simolacro della virtù, imitato dagli esempi di tanti incliti Eroi (...)". Idem ibidem.
  • 72
    "(...) che però filosofia d' exempi appellò Dionigi Alicarnasseo l' historia (...)". Idem ibidem.
  • 73
    Idem ibidem pp. 180-189.
  • 74
    Idem ibidem, pp. 189-206.
  • 75
    "(...) La prima sia l' adulatione (...) specialmente de' Grandi, con cui ogni spirito, ogni bellezza del' historica verità si contamina, e si corrompe (...)". "(...) Perché l' adulatione, e la paura sono quasi parti gemelli d' un animo (...) servile (...)". "(...) Conchiudo dunque con Polibio, che essere amorevole della patria, degli amici, e de parenti è parte di sua natura d' huomo da bene (...)". Idem ibidem, pp. 190/196/206.
  • 76
    Idem ibidem, pp. 207-218.
  • 77
    Talvez esse seja um capítulo fundamental para o debate anti-sofista referido no iníciodeste ensaio.
  • 78
    "(...) E così debole l' avvedimento degli huomini, che non di rado nel giudicare, viene ingannato dalle apparenze, con manifesta ingiuria dell' intelecto ben regolato, perché essendo lubrico il confin delle cose, la somiglianza talhora fa frode alla diligenza di chi vorrebbe discernere pienamente il vero. Discorre di ciò dottamente Platone, & apporta la diferenza, che ripor si dee, per non errare, fra le arti nõ meno alla coltura dell' animo, che alla cura del corpo destinate, e quelle che com falsa apparenza imitandole le corrompono (...)". MASCARDI. Op. cit, p. 208.
  • 79
    Idem ibidem, pp. 219-327.
  • 80
    Idem ibidem, p. 219.
  • 81
    Idem ibidem, p. 222.
  • 82
    Idem ibidem, p. 236.
  • 83
    Idem ibidem, pp. 220-239.
  • 84
    "(...) Strani, & impensati avvenimenti partorisce la guerra; i quali, e per la novità maravigliosi, e per la frequenza innumerabili, e per l' atrocità compassione voli, diero occasione all' antico proverbio de' Greci 'Bellum omnium pater'. Ma niun parto più mostruoso da lei si propaga, che l' infinita figliolanza degli historici, ch' in un solo portato esce alla luce del mondo (...)". Idem ibidem, p. 221.
  • 85
    "(...) Scrive l' historie colui, che non ha per avventura mai letto altro historico, che Palmerino d' Oliva, e Florestano; che non ha studio d' eloquenza, & esercitio di stile; che non ha contratto habito alcuno di prudenza civile; che non fa che cosa sia elocutione; che non conosce l' ordine nelle scritture; che non intende la corrispondenza delle parti in tutto il corpo dell' historia; in somma, che per prurito d' ingegno, e forse anche per abbondanza d´otio, abbraccia, a cagione diporto, quel che non si fa bene senza lunghissimo studio da un maturo, e perfeito giudicio (...)". Idem ibidem, p. 222.
  • 86
    "(...) Se meglio possa sodisfare al debito di buon' Historico, un Principe, un Capitano, od' altro huomo di stato, che una persona privata, benche guernita di buon giudicio, ò di sufficiente cognitione delle cose del mondo (...)". Idem ibidem, p. 223.
  • 87
    Idem ibidem, pp. 223; 231; 236; 238.
  • 88
    "(...) Da' Principe, da' Capitani, e dagli huomini di stato bramerei l' effemeridi, o vogliam chiamrgli i diarij, che somministrasse opportunamente la selva all' historico (...)". Idem ibidem, p. 236.
  • 89
    Idem ibidem, pp. 240-260.
  • 90
    "(...) Quattro erano, per quello c' hò saputo osservare, i grandi della buona educatione, per via degli esempi; e quattro gli strumenti de quali si valevano i nostri maggiori. La Pittura, la Poesia, l' Historia, e la Filosofia. Della Pittura su detto saviamente, c' haveva il popolo per maestro; ma si può di lei dire all' incontro, ch' ella è maestra del popolo; poiche gli huomini vulgari, che sono mal guerniti d' intendimento, e di lettere, & i fanciulli, ch' in questa parte debbono essere annoverati co' l popolo, non hanno altro libro, che la pittura; la quale gli avvenimenti passati co' i colori rappresentando, viene in guisa di muta historia ad insinuar negli animi rozi, per mezo degli occhi, l' esempio del bene, ò del male (...)". Idem ibidem, p. 246.
  • 91
    Idem ibidem, pp. 246-249; 260.
  • 92
    Idem ibidem.
  • 93
    Idem ibidem, pp. 261-282.
  • 94
    Idem ibidem, pp. 262-263.
  • 95
    "(...) Impercioche dovendo l' historico, che vado tuttavia formando, ripulirsi all' idea degli scrittori eccellenti, apprendendo più dall' imitation loro, che dagli insegnamenti di chi che sai; non si disdice il prescrivergli il modo da tenersi nel leggerrgli, accioche non vada indarno pellegrinando l' ingegno fuori della via regia, per sentieri dubbiosi, la cui uscita bene spesso non si prevede (...)". Idem ibidem, p. 263.
  • 96
    Idem ibidem, pp. 283-310.
  • 97
    "(...) La digressione così nomata in Italia da più eleganti, e prosatori, e poeti, negli idiomi forastieri fortisce diversi nomi, che tutti vogliono richiamarsi ad esamina, per non lasciar pur un ombra di dubbio, che rendesse men chiara la dottrina di questo capitolo. Egressus, ò, egressio su da Latini appellata, como si vede in Quintiliano, & anche exessus per sentimento di Servio (...)". Idem ibidem, p.284.
  • 98
    "(...) può chiamarsi episodio, il che pur consente Polluce nell' onomastico, che lo diffinisce una cosa avventitia, & inserita nell' altra (...), le musiche nelle conversationi, le commedie nelle nozze potran nomarsi episodio; e così le noma Plutarco (...)". Idem ibidem, p. 285.
  • 99
    "(...) La digressione oratoria, detta da Quintiliano egressus & egressio, da Greci (...) si diffinisce, alienae rei, sed ad utilitatem causae pertinentis, extra ordinem excurrens tractatio. Questa benche primamente originata dall'ostentatione degli antichi declamatori, approvata nondimeno à poco à poco dal' uso, discese nelle cause civili, e fu ricevuta ancora ne tribunali, ma parve per un tempo, che più servisse alla pompa degli avocati, che alla necessità de' clienti (...) e, considerato (...) che dalle digressioni ricevevan le cause, con sollevar l' animo degli uditori, e del giudice dalla seccaggione della semplice narratione gia stanco; con alcune poche regole su ridotta ad esser giovevolissimo strumento della retorica (...)". Idem ibidem, pp. 288-289.
  • 100
    "(...) Supposto tutto ciò, che si è detto, vengo alla materia propria di questo capitolo, e chieggo, se possa l' historico valersi della digressione; giàche, & al poeta, & all' oratore, non vien da savi, ne loro cõponimenti disdetta. Negano ciò assolutamente alcuni autori moderni, e ter cagione apportano della dottrina, ch' insegnano (...)". "(...) La continuatione delle cose, che in un' ordinato raccõto, quasi con gli occhi si veggono dal lettore, nõ consente un importuno interrompimento, da cui divertito l' animo di chi legge, rimanga privo del gusto, & in gran parte dell' utile, che si può trar dall' historia: e questa prima ragione ha qualche sembianza di verità. La seconda è tanto sciocca, che non ardisco di referila (...)". "(...) Terzo. Non tutte le digressioni, che dagli autori si recevono nell' historia debbono in grado uguale riporsi (...)". Idem ibidem, p. 290/292.
  • 101
    "(...) L' historico non solamente contro l' arte non pecca, spargendo di digressioni l' historia; ma tradirebbe la giusta curuiosità del lettore, tralasciando le necessarie; priverebbe de più stimati lumi dell' arte l' opera sua, non formando le lodevoli; come che possa astenersi da quelle, che gli si tollerano; e debbia fuggir l' ultime, che si risiutano (...)". Idem ibidem, pp. 292-293.
  • 102
    "(...) Necessarie stimo quelle digressioni, che recano qualque notitia, c' habbia del singolare, e senza la quale molti luoghi dell' historia rimarrebbono male intesi, & oscuri. In questo numero le descrittioni comprendo de siti, de tempi, degli strumenti, de costumi delle genti, delle forme del governo, delle consuetudini de popoli, delle ceremonie nelle cose sagre, e d' altre particolarità; le quali se non precedono alla narratione del fatto, si trova al buio il lettore, ne può formar concetto bastevole de successi: perche nella testura dell' historia molte cose di passagio s' accennano, le quali se dovessero più largamente dichiararsi in que luoghi, verrebbono ad interromper con tedio il filo della narratione; dove all' incontro si rapportano a quella scorsa, che già s' è fatta, la quale pone gli avvenimenti sotto gli occhi al lettore, come se dipinti, e non raccontati gli rimirasse (...)". Idem ibidem, p. 293.
  • 103
    Idem ibidem, pp. 311-327.
  • 104
    "(...) S' aggiunga à questa prima libertà conceduta allo scrittor dell' historia una seconda licenza, non meno importante della passata, e con lei per natura strettamente congiunta; e fia il dar tal' hora giudicio delle attioni, che cadono nel racconto, '& de confilÿs significare, quid scriptor probet', disse Cicerone: la cui autorità seguendo il douttissimo Pontano, constituice l' historico in guisa di Giudice, e forse più ampia gli consente la giuridittione di quello, che veramente gli si convenga (...)". Idem ibidem, p. 320.
  • 105
    Idem ibidem, pp. 330-333.
  • 106
    Idem ibidem, pp. 329-407.
  • 107
    A primeira partícula ("No qual se examina a voz latina stilus") vai das páginas 333342; a segunda ("Da voz grega") vai das páginas 343-350; a terceira ("Da elocução e se nela consiste o estilo") vai das páginas 350-361; a quarta ("Três caracteres da fala, e se se fundamentam nessas matérias") vai das páginas 362-383, a quinta ("Se propõe, e se olha uma oposição, e se declara a natureza do ethos, e do estilo por causa diversa do ethos se soluciona") vai das páginas 383-399 e a sexta e última partícula desse capítulo ("Em que coisa consiste o estilo") vai das páginas 399-407.
  • 108
    "(...) Stylus, ò Stilus, comunque si scriva, secondo il sentimento suo naturale, altro non era, che uno strumento da una parte acuto, e dall' altra assai largo, che s' adoprava per segnar nelle tavolette incerate i caratteri, secondo l' uso di que' tempi, che rapportato al nostro secolo, & alla nostra usanza, si direbbe strumento da scrivere (...)". MASCARDI. Op. cit. p. 334.
  • 109
    Idem ibidem, p. 349-350.
  • 110
    "(...) La maggior parte degli autori tanto Greci, quanto Latini dichiarano, il carattere del dire altro non essere, che quelle tre famose maniere di favellare (...), che sono la magnifica, l' humilde, e la temperata, delle quali diviseremo à suo luogo (...). L' elocutione; ò sia quasi genere applicato alle tre specie da noi pur dianzi nomate, magnifica, humilde, e temperata (...)". Idem ibidem.
  • 111
    Idem ibidem, pp. 349-361.
  • 112
    "(...) Ma se nella sola elettione, ò scelta delle parole, e nell' ornamento recato loro dalle figure, la elocutione consiste, ne stile può giustamente nomarsi, ne tutto il corpo del favellare verrà da lei nobilitato, come conviene (...). E' dunque necessario, per ridurre à perfetta formal' elocutione, che alle parole, & alle figure alcuna cosa s' aggiunga; in virtù di cui meglio il pregio loro ne' cõponimenti si riconosca; cioè a dire, per parere dell' Alicarnasseo, una giudiciosa collocatione (...). L' elocutione anchorche nella sua essenza perfetta, rimane però senza i caratteri del dire, e senza le forme, ò sieno idee della favella, indeterminata, & otiosa: segno ne sia, che quando con virtù, e con regole da noi in queste particelle assegnate, un buon componimento s' esaminasse (...)". Idem ibidem, pp. 352-353/361.
  • 113
    Idem ibidem.
  • 114
    "(...) se le cose grandi fossero del carattere Maggiore, le picciole del Minore argomento, e materia, niun luogo havrebbe l' amplificatione, che come diceva Isocrate, le basse innalza, e le magnifiche abbassa (...)". Idem ibidem, p. 380.
  • 115
    Idem ibidem, pp. 383-399.
  • 116
    "(...) Io scrivo dell' arte historica, & hoggi mai m' avvicino ad un importante dubbio dello stile più proportionato, che con la dottrina della presente digressione haverassi à decidere (...). Il carattere conveniente all' historia: perche non si tratando in essa per lo più, e secondo la convenevolezza, altro che materie magnifiche, e grandi, come sono gli affari de Principi, e delle Republiche; le guerre, le paci, le alterationi degli imperij, le mutationi de principati, e cose somiglianti; che del solo carattere magnifico fosse capace l' historia (...)". Idem ibidem, p. 384.
  • 117
    Idem ibidem, pp. 399-407.
  • 118
    "(...) Da tutto ciò, che fin' hora s' è divisato, alcuni corolari, si traggono, co' quali terminerassi la presente digressione. Primo. Lo stile è una maniera particolare, & individua di ragionare, ò di scrivere, nascente dal particolare ingegno di ciascuno componitore, nell' applicatione, e nell uso de caratteri del favellare, Secondo. Paragonato il carattere con lo stile, questo si tiene dalla parte della natura, e dell' ingegno, quello riguarda l' arte, e lo studio. Et in conseguenza questo si multiplica, e si varia secondo il numero, e la qualità degli ingegni (...). Terzo. L' interrogar alcuno in che stile egli scriva è sciocchezza; perche non può in altro stile comporre, che nel suo proprio, dettatogli dall' ingegno; se non se in quanto con l' imitatione può studiarsi d' esprimer, con qualche somiglianza, lo stile altrui; onde accioche l' interrogatione non sia fuor di proposito, si dourà dire, in che carattere scriva; quando però dell' imitation non s' intenda. Quarto. Ben si può dir quello è stil di Tucidide, e di Sallustio, ma non già questo è carattere di Tucidide, e di Sallustio; perche il carattere è commune à tutti, e non proprio di Tucidide, ò di Sallustio, come è lo stile (...)". Idem ibidem, pp. 406-407.
  • 119
    Idem ibidem, pp. 409-675.
  • 120
    Idem ibidem, pp. 410-434.
  • 121
    "(...) Dice dunque lo Strada, che l' amplificatione, e' l commovimento degli affetti, come virtù proprie dell' oratore, vogliono dall' historico in tutto suggirsi: ed' io non so quando vera sia questa regola, quando generalmente, e senza niuna eccetione s' intenta. La amplificatione per vero dire, e' l commovimento delle passioni sono due de' più principali, & efficaci strumenti, c' habbia l' arte oratoria fra' suoi arredi (...)". Idem ibidem, pp. 413-414.
  • 122
    Idem ibidem, pp. 412-413.
  • 123
    "(...) Chi di costoro meglio s' apponesse, e di chi fosse la risolution più lodevole, io non intendo decire: so ben che Tullio esser ufficio del perfetto oratore il componer l' historia c' insegna; e ciò doveva accender l' animo à Plinio: sò che Quintiliano dell' historia parlando dice est enim proxima poetis, e quadam modo carmen solutum; e questo mosse Agatia. Congiunta poi all' uno, & all' altro scrittore l' autorità de maestri maggiori dell' arte, m' hà fatto risolvere à soltimente cercare la communanza, e la differenza c' hanno la poesia, e l' orationi, con l' historia; perche da questa mia fatica si trarrà certo il sentimento dell' uno, e dell' altro; e quel che più rileva, il modo di regolatamente ordinare, non solamente l' elocutione, & il carattere; ma le parti anche maggiori di tutto il corpo dell' historia, che la forma più tosto, che la materia riguardano (...)". Idem ibidem.
  • 124
    "(...) All' incontro l' historico studiandosi, secondo la sua obligatione, di rappresentar per l' appunto, ma vivamente le materie, che narra, procura che nell' animo de' leggenti s' imprimano quali sono: onde il suo primo fine è d' esprimer la verità degli accidenti, e d' adeguargli con le parole; i quali perche secondo la diversita delle lor circostanze, quando efficacemente si narrino, destano in chi legge diversi affetti, non ripugna al candore, & alla veracità dell' historico, che in caso tale sieno commossi gli animi da suoi racconti; porque che ciò viene ad essere effetto della materia narrata; ne per sua colpa rimane in parte alcuna offesa la verità. e (cic) questo discorso all' amplificatione applicar parimente si dee: perche quella nell' oratore altera il fatto, nell' historico lo rappresenta: ivi innalza le cose picciole, & abbassa, le grandi con la facondia, qui l' une, e l' altre puntualmente descrive, & uguaglia con le parole; onde se nella scuola dell' eloquenza essaggeratione s' appella, nel consiglio dell' historia ponderatione si chiamerà (...)". Idem ibidem, pp. 418-419.
  • 125
    "(...) Ma prima d' avanzarmi più oltre nella materia è necessario, ch' io rivolga la penna al buon componitor dell' historia, e dell' importanza della sua carica l' ammonisca. Se parte alcuna di così nobile mestiere vuol esser maneggiata con giudicio, e con arte, la testura delle dicerie singolar diligenza richiede (...)". Idem ibidem, p. 437.
  • 126
    Idem ibidem, p. 447.
  • 127
    Idem ibidem, p. 455.
  • 128
    "(...) non lodar solamente, e vituperare può lo scrittor dell' historia, ma per obligo dell' ufficio à lodare, & à vituperare è strettamente tenuto (...)". Idem ibidem, p 470.
  • 129
    "(...) Colora (...) à compor l' historie s' accingono; cioè che il buon historico, se brama di sostener le sue parti come conviene, dee perfettamente saper la Retorica, per conoscer bene i generi l' uno separato dall' altro, e poi come l' uno all' altro si riduea; la fede degli argomenti proportionata a ciascuno, gli stati delle quistioni; il modo di maneggiar gli entendimemi per acquistar la credenza degli uditori; la maniera d' amplificar le sue ragioni, e di diminuir quelle degli avversari (...)". Idem ibidem, p. 448.
  • 130
    "(...) L' usanza di lodar dopo morte gli huomini valorosi con publiche orationi ne funerali, non è si gloriosa per color, che son morti, che non sia più giovevole per gli altri, che rimangano in vita. Impercioche le forde ceneri di quegli incliti Eroi non han prurito di vanità, che renda loro disiderabili le lusinghe; ma la debolezza de posteri hà ben necessità d' insegnamenti, e d' esempio, che l' avvalorino nel camino della virtù (...)". Idem ibidem, p. 466.
  • 131
    "(...) Il dottissimo Pontano nel dialogo appellato da Attio Sincero, in cui, della poesia insieme, e dell' historia si divisa, par ad alcun moderno, che l' ufficio dell' oratore all' historico si fattamente accommuni, che fra l' uno, e l' altro mestiere non si riconosca divario (..)". Idem ibidem, p. 469.
  • 132
    Idem ibidem, pp. 488-503; 504-517.
  • 133
    Idem ibidem, pp. 488-517.
  • 134
    Cf. CASTELVETRO, Lodovico. Poetica d'Aristotele vulgarizzata et sposta. Basiléia, 1576.
  • 135
    "(...) Prima Propositione del Castelvetro. Non si può haver perfetta, e convenvole notitia della poesia per arte poetica, se prima non s' hà notitia compiuta dell' arte historica. Provasi da lui la proporsione; perche prima di natura è la verità, e la cosa rappresentata, che la verisimiltudine, e la cosa rappresentante; essendo che queste da quelle dipendono (...). Seconda Propositione. 'Historia è narratione secondo la verità d'attioni humane memorevoli avvenute; e poesia è narratione secondo la verisimiltudine d' attioni humane possibili ad avvenire', dunque prima l' historia dobbiam conoscere, e poscia la poesia. Terza Propositione. L' historia è cosa rappresentata, e la poesia è cosa rappresentante; dunque la cognitione dell' historia dee precedere alla cognitione della poesia. Quarta Propositione. Gli ammaestramenti per ben comporre un' historia non sono per la maggior parte propri dell' historia, ma communi all' historia, & alla poesia: dunque prescritta l' arte historica riman soverchia l' arte poetica. Presuppone finalmente il Castelvetro, che l' arte dell' historia non sia stata composta, e dalla via tenuta da Luciano, dal Trapezuntio, e da Ridolfo Agricola in volerla comporre, si persuade di provar la verità della dottrina, da noi nelle quatro propositioni raccolta (...)". Op. cit., pp.489-490.
  • 136
    "(...) La verità è prima di natura della somiglianza del vero: Ma l' historia è narratione secondo la verità, e la poesia secondo la somiglianza del vero: Dunque l' historia è prima di natura della poesia. Il sillogismo è di quattro termini, perche la verità nella maggior proportione, è verità metafisica, universale, & astratta; nella minore è morale, particolare, e concreta; perchel' historia non narra generalmente la verità, ma le attioni humane particolari, che vere sono (...)". Idem ibidem, p. 492.
  • 137
    "(...) Due sorti d' ordine (...) si distinguono. Uno appellano naturale; l' altro artificiale (...). Il primo segue la serie ò della natura, ò del tempo; in tanto che facendosi nel racconto delle cose da capo, senza pertubatione delle parti, al mezo, & al fine sucessivamente perviene (...)". Idem ibidem, p. 496.
  • 138
    "(...) Dato che ne' poemi s' ammetta l' ordine pertturbato, non è si proprio della poesia, che non l' adoprino per suo parimente l' oratore, e l' historico, secondo l' occasioni (...)". Idem ibidem, p. 515.
  • 139
    Idem ibidem, pp. 518-548.
  • 140
    Idem ibidem, pp. 518-533.
  • 141
    Idem ibidem, p. 520.
  • 142
    "(...) l´Alicarnasseo, (...), dice; che gli historici buoni all' ordine ò de tempi, ò de luoghi s' appigliano (...) Põgo per hora da un lato le Cronache, le Effemeridi; e le Vite; poiche il nome loro solamente udito da chi nõ è un bronco, dichiara come in esser altr' ordine non si serba, fuorche quello del tempo (...) Degli Annali si può dire il medesimo: poiche prendendo il nome dagli anni, dagli anni ancora è forza, che vengano regolati (...). La testura degli Annali à quell' antica seccaggine, ricordata da Tullio (...)". Idem ibidem, pp. 520-521.
  • 143
    Idem ibidem, p. 548-569.
  • 144
    "(...) Se dunque la dicitura historiale è somigliante alla sofistica; e questa sorte alla poetica si rassomiglia, per la regola matematica, 'qua sunt eadem uni tertio eadem inter se', necessariamente conchiudesi, l' elocutione dell' historia esser vicina favella della poesia. Questa medesima illatione si trae da chi discorre co' principij posti da Ermogene: il quale dividendo quel ch' egli noma politico genere di favelare, ne' tre notissimi membri giudiciale, deliberativo, e dimonstrativo; l' ultimo con proprio nome appella panegirico, e poi più particolarmente Platonico, perche sopra tutti gli scrittori singolarmente eccellenti su Platone in quella sorte di ragionare; come il medesimo Ermogenes afferma. A questo sottordine non solamente la poesia, ma insieme l' historia; come di quella dilicatura d' ornamenti (...)". Idem ibidem, pp. 553-554.
  • 145
    Idem ibidem, p. 570-595.
  • 146
    "(...) L' historico poscia à cui è proposto l' utile de leggenti (...) usa le descrittion sempre che (...) necessarie (...) per maggior chiarezza de suoi racconti (...)". Idem ibidem, p. 572.
  • 147
    "(...) L' historico poscia à cui è proposto l' utile de' leggenti, agevolato però, e reso piùamabile dal diletto, che l' accompagna, usa le descrittioni sempre che ò necessarie, ò giovevoli appaiono, per maggior chiarezza de' suoi racconti (...)". Idem ibidem, p. 575.
  • 148
    "(...) come insegna Aristotele; e suol di tutto punto fabricarsi le descrittioni à suo modo, adornandole di quegli accidenti, che render la possono in tempo medesimo più maravigliosa, e credibile (...). Sia dunque la seconda regola dell' historico; Nelle descrittioni non dee per allettamento di vaghezza allontanarsi dal vero, nelle parti almeno sostantiali, & importanti (...)". Idem ibidem, p.576-577.
  • 149
    "(...) Vaglia di terza regola l' intender interamente bene la materia intorno à cui la descrittione s' avvolge (...)". Idem ibidem, p. 577.
  • 150
    "(...) Tanto che per non errare (...) dallo scrittore intender puntualmente, ciò che descrive (...)". Idem ibidem, p. 579.
  • 151
    "(...) E però vero (e sia la quinta regola) ch' avvenendo si lo scrittore in materia lontana dal vulgo, e che tutto di sotto gli occhi della moltitudine non può cadere d' esser minuto à bastanza in descriverle; perche in caso tale, egli è maestro, che semplicemente non narra, ma insegna a' leggenti (...)". Idem ibidem, p. 583.
  • 152
    Idem ibidem, pp. 595-569.
  • 153
    Idem ibidem, pp. 595-603.
  • 154
    "(...) come afferma (...) Ermogene: ben si vede, che il carrattere conveniente all' historia sarà quel, che risulta dall' accozzamento delle forme indirizzate alla grandezza del dire, e da noi Maggiore viene appellato (...). Comprese ciò benissimo Ermogene, il qual volendo, che il carattere panegirico, cioè à dire quel ch' adopra l' historico (...)". Idem ibidem, pp. 597/602.
  • 155
    Idem ibidem, pp. 604-614.
  • 156
    "(...) Ma non debbo in questo luogo prender la difesa dell' eloquenza tradita (...). Di proposito gli studi dell' eloquenza coltivano, ed' io vengo più da vicino à cercar qual sia la dicitura conveniente all' historia (...). Tullio ripone la dicitura historiale in un termine, che nè s' accosti alle strettezze del parlar dialettico, ne cerchi l' acrimonia, e la vehemenza dell' oratorio; ma soavemente copiosa, unisca all' abbondaza, per cui dal dialetico s' allontana, la piacevolezza, ò vogliam dirla con parola più latina, ma più significante, la lenità, che la disgiugne dall' asprezza, e dalla vehemenza dell' oratore (...)". Idem ibidem, pp. 606/608.
  • 157
    Idem ibidem, pp. 615-623.
  • 158
    Idem ibidem, pp. 624-645.
  • 159
    Idem ibidem, p. 646-676.
  • 160
    Tomo o termo 'gráfica' no sentido grego graphein que significa tanto escrever quantopintar, por homologia e não por identidade propriamente dita ou igualdade positiva.
  • 161
    Aqui, ressalto três coisas: primeiro que penso o conceito "farmácia" como remédio, como phármakon do sofista que as práticas seiscentistas imitam e moralizam e que pode ser veneno, dependendo do uso e função que assume. Nesse sentido, as tópicas da invenção do gênero histórico funcionariam como repertório de remédios teológico-políticos, elenco de conselhos administrativos, aplicados aos males do corpo monárquico católico nas questões públicas de que a história também se ocupa. Segundo, entendo o termo "topografia" como a disposição dos registros descritivos dos lugares inventados na farmácia, sejam os lugares de pessoa, sejam os de cidade etc. Assim, entendo a dispositio do gênero histórico como topográfica. Terceiro, como cosmética, penso a elocução mimética do gênero, suas relações de ilusão, de aparências, cujas substâncias são cosméticas e não positivamente reais ou necessariamente empíricas. Doutrinado pela arte, o gênero histórico produz a ilusão do real por meio dos ornatos discursivos.
  • 162
    Cf. O Juízo - Discurso Acadêmico. Trad. João Adolfo Hansen. In: NASCIMENTO, Evando et OLIVEIRA, Maria Clara Castellões de. (Orgs.). Literatura e filosofia: diálogos. v. 1. Juiz de Fora/São Paulo, 2004, p. 169.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2006
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