RESUMO
Este artigo procura discutir a atuação de africanos que agiram como “intermediários” nas relações entre as expedições britânicas ao redor do rio Níger entre 1825 e 1854 e as sociedades africanas com as quais interagiram. Os relatos dessas expedições estão entre os primeiros que sistematicamente descreveram determinadas regiões do interior do continente em línguas europeias. Assim, praticamente todas as formas de comunicação necessitavam de tradutores e consequentemente “intermediários”. Compreende-se como “intermediários” os sujeitos que agiram no espaço liminar entre as expedições e seus interlocutores do interior, exercendo diversas atividades como intérpretes, guias, mensageiros e por vezes até mesmo negociadores, num contexto de profundas transformações que recondicionavam as relações entre o Atlântico e a África Ocidental.
Palavras-chave:
relatos de viagem; intermediários; África Ocidental; História da África