Open-access Delírio americano: um ensaio sobre a história cultural e política da América Latina

American Delirium: An Essay on the Cultural and Political History of Latin America

Delirio americano: un ensayo sobre la historia cultural y política de América Latina

O acadêmico colombiano Carlos Granés nos traz um extenso ensaio sobre a história cultural e política da América Latina. Trata-se de uma obra com uma posição forte e provocadora: a de que a América Latina tem vivido em estado de delírio, cultural e politicamente, desde o final do século XIX. Este ensaio de Granés talvez tenha a pretensão de trazer uma radiografia mais recente da região, que pode atualizar obras mais clássicas, como as do intelectual uruguaio Eduardo Galeano, que refletiu sobre a América Latina por toda a sua vida. Granés referencia Galeano em algumas oportunidades no seu livro. Galeano definiu o estado da região como um “de veias abertas” (GALEANO, 1971), e a definição de Granés contém alguma similaridade para corroborar com uma visão mais contemporânea de que a região não possui um estado de saúde tão estável.

Granés dispõe sua obra em três grandes partes, cronologicamente divididas (1898-1930; 1930-1960 e 1960-2022), além de dois breves capítulos, um que abre e outro que fecha o livro. Na primeira parte, Granés já inicia com uma provocação a dois espelhismos de dois importantes historiadores: Eric Hobsbawm e Francis Fukuyama (ambos portam um viés ocidentalizado, é bom se ressaltar). O primeiro apontou que a humanidade passou por um breve século XX, que se iniciou com a Primeira Guerra Mundial e se encerrou com a queda do muro de Berlim (HOBSBAWM, 1995), e o segundo propôs o “fim da história” a partir da derrocada do modelo soviético frente às ideias de capitalismo, democracia e liberalismo, propostas pelos Estados Unidos (FUKUYAMA, 1989). Granés argumenta que a América Latina entrou antecipadamente no século X X (em 1898) e ainda não havia saído dele em 2022.

O ponto de partida de seu livro é a morte do escritor e mártir da independência cubana, José Martí, em 1895. Martí foi um nacionalista e um dos grandes intelectuais latino-americanos. De forma sutil, porém impactante, Granés desenha Martí como o pai de toda a história cultural e política de delírios latino-americanos. Na primeira página do livro, Granés apresenta um mapa cultural e político do tempo (1880-2020) com quase uma centena de movimentos culturais e políticos que caracterizam ou são associados à América Latina. E Martí foi o precursor de tudo, na visão do autor. O papel crucial de Martí já havia sido ressaltado, por exemplo, na obra Os redentores: ideias e poder na América Latina, do intelectual mexicano Enrique Krauze. Martí foi um redentor, escritor, ativista e advogado cubano que foi deportado para a Espanha e passou ainda alguns anos vivendo nos Estados Unidos (KRAUZE, 2013, p. 22-30), dois países dos quais ele queria ver seu país livre. Longe de ser um militar, jogou-se sem muito conhecimento à batalha contra os espanhóis em 1895, quando morreu. Sua morte simboliza de forma bastante categórica um delírio, que, não por acaso, é o título da obra de Granés. O que veio a partir dessa morte, como inspiração para várias figuras políticas e culturais da América Latina – tais como os escritores José Enrique Rodó (Uruguai) e Ruben Dario (Nicarágua) no curto prazo, os políticos Getúlio Vargas (Brasil) e Juan Domingo Perón (Argentina) no médio prazo, ou a onda de políticos direitistas e esquerdistas (muitos deles populistas) que vieram mais recentemente, foi o centenário “delírio” de que o continente poderia andar bem sobre suas próprias pernas.

Antes de apresentar uma resenha da obra sob o ponto de vista de sua contribuição factual histórica, vale reforçar o aspecto do “delírio” que é tão central na perspectiva de Granés. Voltando a Martí, Granés traça um interessante paralelo com um personagem político argentino de importância inquestionável, Juan Perón. O primeiro morreu no ano (1895) em que o segundo nasceu, embora historiadores argentinos como Norberto Galasso afirmem haver controvérsia (GALASSO, 2011). À parte dessa coincidência trazida por Granés, o autor aponta que os dois personagens históricos migraram, de forma oposta, entre dois campos: exército e arte. Se Martí deixou as artes para morrer prematuramente num campo de batalha, Perón deixou a postura de general para abraçar as artes (e, segundo Granés, levar o povo argentino a viver fora da realidade) – ambos caminhos recheados de delírio latino-americano. Fundamentado em exemplos como os citados, entre outros, Granés deixa bastante claro o papel que o autóctone latino-americano tem na criação de muitos de seus delírios e, portanto, uma visão mais pós-colonialista como a causa dos problemas da região não é uma tônica muito utilizada pelo autor.

Voltando cronologicamente à história politico-cultural latino-americana, avançando a partir do pós-Martí, 1900 foi o ano em que Rodó publicou sua obra Ariel, que defendia uma identidade latino-americana contrária à concepção utilitária da vida (na qual se sustentava a visão anglo-saxônica). O arielismo perdurou como base ideológica de diversos indivíduos e movimentos que surgiriam no século vindouro. As crises existenciais políticas enfrentadas pela América Latina nas duas primeiras décadas do século XX são diagnosticadas por Granés através de intelectuais como o peruano José Santos Chocano e o paraguaio Francisco García Calderón, que entendiam que a democracia da região era uma farsa, travestida por repúblicas liberais ilustradas no papel, mas cujas realidades eram de barbárie e pobreza. Combinado a um darwinismo social, que era importado dos Estados Unidos (LEITE, 2023, p. 171) ou da Europa, e que menosprezava raças entendidas como inferiores, muitos intelectuais que pensavam o poder latino-americano não viam outro remédio que não a força de generais e ditadores. Essa vanguarda intelectual do início do século se distanciava das massas, e autores como os mexicanos José Vasconcelos e Octavio Paz clamaram que os intelectuais saíssem de suas torres de marfim para selar um pacto de aliança com a revolução. A despeito de processos democráticos ocorridos posteriormente ao longo da América Latina, o fato de terem falhado, do ponto de vista de genuinamente terem deixado a maior parte das massas às margens da inclusão, fez com que jovens de todo o continente, segundo Granés, passassem a enxergar a democracia como algo envelhecido e superado. Trazendo perspectivas dos verdadeiros povos originários de outros países da região, Granés realça o pensamento andino de intelectuais como José Carlos Mariategui (Peru) e Gustavo Navarro/Tristán Marof (Bolívia), que defendiam para seus países (e para o continente) o indigenismo, respectivamente através da atualização do marxismo alemão ou do comunismo primitivo, de um outrora esplendoroso passado inca. Somando Ariel, Rodó, Vasconcelos, Paz e Mariategui, Granés traz exatamente o quinteto de notáveis pensadores latino-americanos que foi o cerne da obra de Enrique Krauze, quando este definiu o conceito de “redentores” da região, dedicando um grande capítulo para cada um deles em sua obra anteriormente mencionada (KRAUZE, 2013). Essa convergência de ideias comprova que a visão de Granés está muito alinhada a essa outra importante fonte do debate historiográfico latino-americano (Krauze).

As artes latino-americanas da primeira metade do século XX são realçadas por Granés, impulsionadas em parte pela Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922, e, como exemplifica o autor, através da leve (e suavemente politica) poesia de Pablo Neru-da (Chile), da poesia explicitamente homossexual dos Contemporâneos Mexicanos, do ataualismo anti-ianque porto-riquenho, do negrismo caribenho que seria o germe da música salsa que viria nas décadas seguintes, ou da inédita visibilidade inicial, possibilitada pelas artes, da experiência de negros, de índios, de gaúchos, de mestizos e de camponeses latino-americanos.

Se a arte havia acabado de render bons e inovadores frutos, a segunda parte do livro de Granés trata mais de política. Granés cunha o termo nacional-populismo para definir muito do que viria a partir de 1930. Tal prática política geralmente era uma mescla entre o fascismo e o comunismo, alinhados com o Zeitgeist da época. A década de 1930, resumida por Granés como uma de sangue, despotismo, mas também de criatividade e (de obviamente mais) delírio, apresentou revoluções que levaram militares de direita à presidência no Brasil, na Argentina e no Peru; militares socialistas ao poder na Bolívia e no Paraguai, e uma revolução populista (La Gloriosa) no Equador. Focando nos três maiores países da região, esses viram Vargas (Brasil), Perón (Argentina) e Cárdenas (México) executarem movimentos políticos camaleônicos, que seguiram, de certa forma, a receita nacional-populista citada anteriormente, indo da direita para a esquerda – com o controle das massas sendo executado com o auxílio dos sindicatos.

O termo populismo, que hoje é usado extensamente no linguajar político, segundo Granés, foi inventado na América Latina a partir da década de 1940. Essa possível origem geográfica, ou ao menos forte influência autoral, é corroborada por vários cientistas políticos contemporâneos (WEYLAND, 2003; LLOSA, 2017; MUDDE; KALTWASSER, 2017; SAJÓ, 2021). Granés ressalta a maquiavélica estratégia política utilizada pelos líderes latino-americanos do pós-Segunda Guerra Mundial. Segundo o autor, líderes de mão firme da região, com as derrocadas de Mussolini e Hitler na Europa, não viram outro remédio senão se definirem como democratas; porém, não aceitaram ser liberais nem “por decreto” (e aqui a conexão com o termo “democracia iliberal”, cerne dos estudos de Sajó, se torna mais cristalina). A ascensão global norte-americana a partir de 1945 também foi fundamental para impulsionar a democracia na América Latina.

Voltando às artes, estas foram colocadas, de certa forma, em um lugar secundário ao da política no período examinado na segunda parte do livro de Granés. O autor assinala que o que ocorreu é que as artes foram colocadas a serviço das nações. O México estabeleceu seu “priismo” (termo que nasceu pelo acrônimo do Partido Revolucionário Institucional), que imprimiu à sua política e à sua cultura uma retórica nacionalista pelos próximos 50 anos. Voltando a Perón, este difundiu um projeto cultural que cultuava a pessoa (sobretudo a sua), uma imprensa próxima, cinema, imagens e textos na Argentina. As artes brasileiras seguiram um caminho um pouco diferente. Destacaram-se a arquitetura modernista (que culminou na construção de Brasília, segundo Granés, a cidade planejada por comunistas que acabaria abrigando a cúpula militar e burocrática de uma prolongada ditadura) e a música de Villa-Lobos, um veículo pedagógico usado politicamente para realçar o civismo e o patriotismo. Em uma América Latina que se urbanizava a passos largos a partir dos anos 1950, Granés pontua que, pouco a pouco, todas as suas cidades começaram a parecer-se com São Paulo, seus políticos com Perón, e suas iniciativas culturais com as do México.

A terceira parte do livro (1960-2022) foca nos chamados “delírios da soberba”, revoluções, ditaduras e a latino-americanização do Ocidente. A democracia, conforme anteriormente mencionado, persistia fraca no sentido de não atingir os anseios das massas. Com o suporte do Ocidente (leia-se, majoritariamente, Estados Unidos), várias ditaduras militares se impuseram na região. No outro espectro, ocorreu um contraponto de vital importância histórica para definir o destino de partes latino-americanas: a revolução cubana. Em ambos os casos, no entanto, e como pontua Granés, as nações ainda eram lideradas por (pretensamente elevadas) elites – quer seja de uma direita católica ou de uma esquerda guerilheira guevarista. O ponto central de Granés é que, qualquer que fosse a inclinação ideológica, eram regimes políticos ainda bem distantes dos modelos democráticos saxões. Na Argentina, onde a ditadura militar durou relativamente menos que a média latino-americana, dois polos distintos (segundo Granés) – o castrismo e o peronismo – se confluíram. O livro passa pela morte de Che Guevara em 1967 na Bolívia, que resultou, para Granés, na reencarnação duradoura do mesmo em camisetas simbólicas de seu significado, usadas por jovens latino-americanos. O Brasil se destacou, em meio à sua ditadura, com seu movimento cultural vanguardista da Tropicália (a partir de São Paulo, 1967), que apresentou ao continente a música de Caetano Veloso, de Gilberto Gil, dos Mutantes e de Chico Buarque, entre outros. Segundo Granés, o boom do latino-americanismo artístico, que coincidiu com a culminação do latino-americanismo político em comunismo, ocorreu no período de 1962 a 1971. Granés destaca a literatura latino-americana da época, também recheada de delírios, que soube se desprender da contaminação estrangeira, apesar de usar ferramentas e técnicas literárias anglo-saxãs e europeias que possibilitavam fazê-la mais persuasiva, moderna, vanguardista e exaltante nas histórias que contava.

Granés avança no tempo e pontua que, entre 1979 e 1990, foram caindo, um a um, todos os ditadores militares, desde o equatoriano Alfredo Poveda Burbano até o chileno Augusto Pinochet. Entretanto, o regresso da democracia não supôs a normalização da vida institucional. Uma má sorte, segundo Granés, foi a segunda onda de populismos direitistas que surgiu, onde o conhecido nacional-populismo recorreu a novas estratégias oportunistas que aludiam à raça e ao anti-elitismo, usadas por candidatos que tiveram sucesso nas urnas, como Alberto Fujimori (Peru), Carlos Menem (Argentina), Fernando Collor (Brasil) e Abdalá Bucaram (Equador) – os chamados “neopopulistas” (WEYLAND, 2003). Do outro lado ideológico, Granés não viu com olhos mais otimistas a tentativa da esquerda de se reinventar, sobretudo a partir do simbólico Foro de São Paulo de 1990. Se, por um lado, tal reinvenção tem o lado positivo de ter reduzido a violência política na região, já que as armas foram substituídas por uma esquerda transformadora que caminhava para a democracia, o problema levantado por Granés é que esta última era pontuada por demagogia, por falta de autocritica (por essa razão, o pecado latino-americano da terceira parte do livro é a soberba) e por uma tendência (posteriormente verificada) de que, uma vez no poder, alguns de seus lideres fariam de tudo para permanecer lá além dos prazos democráticos estipulados. Avançando no tempo e entrando em nosso atual século, Granés assinala que a esquerda ganhou força e votos (no que muitos cientistas politicos chamam de “onda rosa”), pois programati-camente acertou no diagnóstico de que as medidas neoliberais dos anos 1990 passaram a falhar.

No âmbito cultural, Granés ressalta um evento ocorrido em 1994: o levantamento zapatista que ocorreu em Chiapas, México. Na visão do autor, esse movimento, que surgiu fora de época, já que o Foro de São Paulo de 1990 prescrevia pacifismo político, colocou a América Latina de volta ao mapa, desta vez por meio de uma luta identitária contra uma frenética globalização, em que “o McDonald’s e as multinacionais marchavam para apagar do planeta culturas tradicionais e lugares não afetados pela modernização” (p. 464)1. Segundo Granés, 0 movimento colocou a identidade originária latino-americana no centro dos interesses americanos e europeus, da mesma forma que havia ocorrido nos distantes anos 1950 e 1960. A resistência à modernidade, com certas doses de exotismo e, é claro, de delirio, tornou-se um simbolo cultural da América Latina, e o artista pai de um novo e efervescente movimento que nasceu a partir dai foi o chileno Roberto Bolaño.

A obra de Granés, além de abarcar de forma minuciosa o já mencionado “longo século XX latino-americano”, tem também o mérito de nos situar de forma propositiva e acertada no nosso âmbito politico mais recente. A polarização é um clichê atual, mas é um estágio adequado para Granés definir onde estamos. Citando a realidade de 2021 do Peru, Brasil, Chile e México, o autor entende que

as sociedades estão se dividindo em dois blocos, ambos populistas, ambos exaltados e redentores, menos interessados em estabelecer verdades objetivas do que em ganhar a narrativa midiática, em forçar leis para destronar, encurralar ou apresar o inimigo politico, e tão logo ganhar o poder para que o outro bloco não o tenha (p. 492)2.

Ou, em outras pouco alvissareiras palavras, Granés qualifica os dois grupos como “(i) os nossos-americanistas-identitários-globalifóbicos-autoritários que se miram no exemplo do castrismo e do peronismo”3 e (ii) “os evangelistas-neoliberais-militaristas-patrióticos que invocam as ditaduras economicamente eficazes que acabaram com o terrorismo de esquerda” (p. 492)4; e ambos estão inseridos no universo onde “cada eleição é uma guerra na qual a centro-esquerda e a centro-direita, em vez de pactar um freio ao delírio populista, acabam arrastadas pelos radicalismos” (p. 492)5.

Concluindo, a extensa e crítica obra de Carlos Granés contribui com aportes contundentes de valor historiográfico, político e cultural sobre a América Latina. A obra de Granés não é apenas um manifesto do autor para ressaltar que a América Latina vem navegando há décadas por águas de delírio (opinião que pode ser desafiada, mas que é composta por um razoável encadeamento de argumentos para defender sua tese), mas também uma fonte preciosa de referências históricas para consulta sobre as dimensões política e cultural da região. Talvez, naturalmente devido à sua origem colombiana, a grande maioria das fontes do autor é em língua espanhola, o que poderia, na visão de alguns, diminuir a importância brasileira dentro do continente. Contudo, tal perspectiva não deveria ser aceita como motivo de rejeição por historiadores brasileiros, pois, como Granés pontua em diversas ocasiões no livro, as similaridades entre o Brasil e seus países vizinhos são grandes o suficiente para estabelecer uma “identidade latino-americana”, que é marcada por uma série de delírios políticos e culturais.

  • 1
    Trad. livre do autor: “En un mundo que empezaba a hablar compulsivamente de la globalización y en el que McDonald’s y las multinacionales parecian una apisonadora que amenazaba con borrar del planeta las culturas tradicionales y los lugares que aún no habian sufrido procesos de modernización”.
  • 2
    Trad. livre do autor: “Las sociedades empiezan a dividirse en dos bloques, ambos populistas, ambos exaltados y redentores, menos interesados en establecer verdades objetivas que en ganar el relato mediático, en forzar las leyes para destronar, arrinconar o apresar al enemigo politico, y desde luego en ganar el poder para que el otro bloque no lo tenga”.
  • 3
    Trad. livre do autor: “nuestro americanistas-identitarios-globalifóbicos-autoritarios que se miran en el ejemplo del castrismo y el peronismo”.
  • 4
    Trad. livre do autor: “los evangelistas-neoliberales-militaristas-patrióticos que evocan las dictaduras economicamente eficaces que acabaron con el terrorismo de izquierdas”.
  • 5
    Trad. livre do autor: “cada elección es una guerra en la que el centroizquierda y el centro derecha, en lugar de pactar para frenar el delirio populista, acaban arrastrados por los radicalismos”.

Referências

  • FUKUYAMA, Francis. The End of History? The National Interest, n. 16, p. 3-18, 1989.
  • GALASSO, Norberto. Historia de la Argentina. Desde los pueblos originarios hasta el tiempo de los Kirchner. Buenos Aires: Colihue, 2011. v. 2.
  • GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. São Paulo: L&PM, 2010 [1971]. (Edição Kindle).
  • HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
  • KRAUZE, Enrique. Redentores: ideas y poder en América Latina. México: Random House, 2013.
  • LEITE, Lucas Amaral Batista. O império hesitante: a ascensão americana no cenário internacional. Curitiba: Appris, 2023.
  • LLOSA, Álvaro Vargas (coord.). El estallido del populismo. Barcelona: Planeta, 2017.
  • MUDDE, Cas; KALTWASSER, Cristobal Rovira. Populism: A Very Short Introduction. Nova Iorque: Oxford University Press, 2017.
  • SAJÓ, András. Ruling by Cheating: Governance in Illiberal Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2021.
  • WEYLAND, Kurt. Neopopulism and Neoliberalism in Latin America: How Much Affinity? Third World Quarterly, v. 24, n. 6, p. 1095-1115, 2003.
  • Editoras responsáveis:
    Luiza Larangeira e Silvia Liebel

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Nov 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    04 Ago 2023
  • Aceito
    05 Abr 2024
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