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"Eu quero uma casa no campo": a busca do verde em Belo Horizonte, 1966-1976 * * Este artigo resulta de projeto de pós-doutorado desenvolvido junto ao Departamento de História da Unicamp, com apoio do CNPq. Agradecimentos: Viviane S. Parisotto Marino, Yuri Mesquita, Armando Olivetti, Tom, Heloísa Starling e pareceristas anônimos.

A expansão de condomínios horizontais esteve diretamente relacionada às condições históricas que acarretaram a deterioração e o abandono do centro urbano de Belo Horizonte, entre meados das décadas de 1960 e 1970. Nesse contexto, alguns tiveram o privilégio de escolher o sonho da casa no campo, atraídos por promessas de uma vida renovada, mergulhados nos paradoxos do desenvolvimento e dos dramas sociais, políticos e ambientais em curso no Brasil durante a ditadura civil-militar. Cientistas e técnicos realizavam as primeiras avaliações dos dilemas da poluição ambiental urbana. Entretanto, temas ambientais se configuravam como assunto extemporâneo e distante da política, subestimados por setores brasileiros de direita e esquerda. A perda de qualidade de vida em Belo Horizonte recebeu soluções individuais, por vezes com aspectos comunitários. O caráter simultâneo desses processos na capital mineira esclarece casos históricos similares em outras grandes metrópoles brasileiras e latino-americanas.

condomínios privados; Milagre Econômico brasileiro; poluição urbana; Belo Horizonte; história ambiental urbana.


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