A presente pesquisa busca discutir as relações entre censura e representação cinematográfica da ditadura civil-militar brasileira nos anos finais do regime, a partir do caso do filme Pra frente, Brasil, dirigido por Roberto Farias e lançado nos cinemas do país no início de 1983. Avalia-se até que ponto o modo representativo e o discurso político adotados por Farias são condicionados pelas pressões censórias existentes no período ou expressam meramente um posicionamento político do cineasta em questão.
ditadura civil-militar brasileira; censura; cinema brasileiro; resistência; duplo-pensar.