Diferentemente de inúmeros autores das Luzes, que utilizavam pseudônimos ou recorriam ao anonimato, Jean-Jacques Rousseau sempre publicou sob seu nome próprio e reivindicou em alto grau seu nome de autor. Essa verdadeira política do nome próprio era tanto coerente como assumida, ditada por uma concepção de responsabilidade do escritor, mas também por uma demanda de reconhecimento social e pessoal. Ora, a partir dos anos 1760, Rousseau descobre as armadilhas da celebridade: o desejo de reconhecimento transforma-se em inquietação diante da curiosidade insaciável do público.
regimes de celebridade; nome de autor; estatuto social do escritor