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Morte impune, luto proibido: vida nua e vida precária em Giorgio Agamben e Judith Butler

Resumo

Giorgio Agamben tece a genealogia da “vida nua”, no percurso que vai do homo sacer ao Muselmann, do primeiro paradigma da política ocidental à fabricação do morto-vivo, em Auschwitz, como vida insacrificável e impunemente matável. Judith Butler segue argumento semelhante, ao desenvolver o conceito de “vida precária”, com o qual problematiza a separação entre vulnerabilidade universal e formas de produção da precariedade, a distinção entre vidas cujas perdas importam e as indignas de pranto e luto. A finalidade deste artigo consiste em aproximar as concepções dos dois autores, sob a hipótese de que, em ambos, trata-se da fabricação de vidas matáveis, sobre as quais pesa a proibição do luto.

Palavras-chave:
Agamben; Butler; Vida nua; Vida precária; Vulnerabilidade

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