Resumo:
Este artigo tenta revelar o significado da disseminação contemporânea das teorias da conspiração, seguindo a sugestão de Frederic Jameson de que as teorias da conspiração são sintomas de um “mapeamento cognitivo” empobrecido. Para isso, transpõe-se o problema do mapeamento cognitivo para uma questão mais ampla de narratividade, em diálogo com o florescente campo da ética narrativa, interpretando-o por meio das lentes da teoria crítica e da psicanálise. Resumidamente, afirma-se que as teorias da conspiração são narrativas substitutivas para lidar com a opacidade das sociedades contemporâneas e a consequente deficiência na narratividade pessoal.
Palavras-chave:
Ética Narrativa; Teorias da conspiração; Mapeamento cognitivo deficiente; Teoria crítica; Psicanálise