Resumo
Introdução
Poucos estudos têm avaliado medidas positivas de resposta terapêutica. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da resiliência na severidade dos sintomas depressivos e ansiosos após psicoterapia cognitiva breve para depressão.
Métodos
Trata-se de um estudo de intervenção clínica aninhado a um ensaio clínico com dois diferentes modelos de terapia cognitiva. A Resilience Scale foi aplicada no baseline, enquanto que a Hamilton Anxiety Rating Scale e a Hamilton Depression Rating Scale foram utilizadas no baseline, após a intervenção e no acompanhamento de seis meses.
Resultados
Sessenta e um pacientes foram avaliados no baseline, no pós-intervenção e no acompanhamento de seis meses. Os escores de resiliência foram significativamente diferentes entre as avaliações de baseline e pós-intervenção (p<0,001), bem como no baseline vs. acompanhamento de seis meses (p<0,001). Observamos uma correlação negativa fraca entre os escores de resiliência no baseline e os escores de sintomas depressivos no pós-intervenção (r=-0,295; p=0,015) e em seis meses de acompanhamento (r=-0,354; p=0,005). Além disso, observamos uma correlação negativa fraca entre os escores de resiliência e sintomas ansiosos no pós-intervenção (r=-0,292; p=0,016).
Conclusão
Indivíduos com maiores escores de resiliência na avaliação pré-tratamento apresentaram uma menor severidade de sintomas no pós-intervenção e no acompanhamento de seis meses.
Terapia cognitiva; resiliência; transtorno depressivo maior; resposta terapêutica