Acessibilidade / Reportar erro

Triagem e diagnóstico de depressão pós-parto: quando e como?

Resumo

Introdução:

A prevalência de depressão pós-parto (DPP) varia consideravelmente dependendo dos parâmetros metodológicos utilizados: diferentes populações, métodos de diagnóstico e o tempo pós-parto considerado. Também não há consenso sobre o momento ideal para a triagem, se a DPP pode ser diagnosticada apenas no período puerperal, e por quanto tempo após o parto a depressão pode ser relacionada a ele.

Objetivo:

Revisar os instrumentos mais usados recentemente para rastreamento e diagnóstico de DPP e os períodos predominantes de diagnóstico.

Métodos:

Foram selecionados apenas artigos relacionados exclusivamente ao rastreio e diagnóstico publicados num período de 5 anos. A amostra incluiu 22 artigos.

Resultados:

A Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) foi a ferramenta mais frequente, utilizada em 68% da amostra (15 artigos), seguida pelo Inventário de Depressão de Beck (27%, 6 artigos) e o Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) (18%, 4 artigos). O tempo de rastreio foi definido em 21/22 artigos: 0-3 meses pós-parto em 9 (43%), < 6 meses em 4 (19%), e ≤ 12 meses em 8 (38%). Treze artigos selecionaram as mulheres durante os primeiros 6 meses (59%), enquanto apenas 8 (36%) o fizeram até 1 ano.

Conclusão:

A EPDS foi o instrumento mais utilizado para o diagnóstico de DPP, mas outras escalas também foram aplicadas. O período mais comum para o diagnóstico foi de < 3 meses pós-parto. No entanto, alguns pesquisadores consideraram o diagnóstico de PPD em ≤ 12 meses após o parto. Há necessidade de maior padronização de parâmetros em relação à investigação desta doença.

Descritores:
Depressão pós-parto; depressão perinatal; triagem; diagnóstico

Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 5311/202, 90610-001 Porto Alegre RS/ Brasil, Tel./Fax: (55 51) 3024 4846 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: trends@aprs.org.br