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Caiu na rede é peixe? Entre as indicações de tratamento psicanalítico e o campo analítico

Determinar critérios de indicação e contraindicação para tratamentos psicanalíticos parece um ponto técnico crucial para a obtenção de sucesso terapêutico e a elevação de seus índices de efetividade. Na revisão da literatura clássica sobre o tema, percebe-se que a idade, o diagnóstico do paciente, a motivação para tratamento, o momento de vida, a capacidade de insight, o sofrimento psíquico apresentado no momento da busca de tratamento, o estilo defensivo e a tolerância à frustração são alguns dos pontos analisados pelos terapeutas/analistas para indicar tratamentos psicanalíticos. Contudo, classicamente, tais indicações provêm de um período em que a relação terapêutica era vista meramente como um terapeuta atendendo um paciente, sem levar em conta a relação terapêutica propriamente dita. O objetivo deste artigo foi revisar criticamente a relevância e pertinência atual das indicações para tratamento psicanalítico, tendo em vista a evolução dos conhecimentos sobre o campo analítico. Considerando casos que não evoluem da maneira esperada segundo as indicações, pacientes que se adaptam melhor a determinados terapeutas e duplas que modificam sua interação ao longo do tempo de tratamento, a principal questão continua sendo como identificar quais seriam os elementos necessários na avaliação de um paciente candidato a tratamento psicanalítico, bem como os elementos significativos da ação terapêutica.

Psicanálise; psicoterapia psicanalítica; indicação; contraindicação; campo analítico


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