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Universidade de São Paulo: Epicentro de uma controvérsia transnacional

University of Sao Paulo: epicenter of a transnational controversy

Resumo

Trata-se de analisar a controvérsia entre dois professores que ocuparam as cadeiras de sociologia I e II na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo em seus primeiros anos de funcionamento. Essa controvérsia, que opôs sociologia e etnologia, teoria social e pesquisa empírica, enraizou-se em meios intelectuais distintos: a sociologia, no Instituto de Educação da Universidade de São Paulo, e a etnologia, no Departamento de Cultura do Município de São Paulo. Assim, pretende-se mostrar que as transferências intelectuais dependem das afinidades eletivas estabelecidas entre grupos de intelectuais estrangeiros e brasileiros e que, no caso paulista, os intelectuais relativamente mais próximos aos grupos dirigentes se inclinam para a nova disciplina, etnologia, enquanto os relativamente mais dominados no campo do poder preferem a sociologia, já ensinada nas escolas normais. Para isso, utilizo análises documentais e textuais, bem como estudo de trajetórias e de redes de interdependência.

Palavras-chave
Missões francesas; Universidade de São Paulo; Cadeiras de sociologia; Instituto de Educação; Departamento de Cultura

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