Resumo
Este artigo analisa redes sindicais transfronteiras em Empresas Transnacionais (ETNs) nos setores químico e metalúrgico, confecção do vestuário, comércio e bancário, no Brasil. Conceitualizadas como respostas sindicais globais para a crescente expansão das ETNs, tais redes têm sido estabelecidas em diferentes parâmetros no país, se envolvido com grandes empresas fora das estruturas tradicionais de relações de trabalho e se arriscando no campo controverso do diálogo social, responsabilidade corporativa e governança privada. Partindo de diferentes bagagens metodológicas de pesquisa, nossos resultados sugerem que redes sindicais em ETNs podem ser utilizadas para rearranjar prerrogativas sindicais em diferentes níveis, mas continuam enraizadas em estruturas institucionais prévias. Nesse sentido, tais sindicatos incorporam limites prévios de atuação, como a exclusão de grupos relevantes de trabalhadores(as), mesmo nos casos em que estes(as) podem expandir o campo de ação de sindicatos.
Palavras-chave:
Redes sindicais; Corporações transnacionais; Organização transfronteiriça