Resumo
Neste artigo apresentamos os primeiros resultados de uma investigação que explora as trajetórias de atores judiciais que atuam na justiça criminal e, simultaneamente, exercem funções docentes, seja em nível universitário, seja ministrando cursos de formação para membros do judiciário. Especificamente, abordamos duas questões: a forma e as circunstâncias em que entram na justiça criminal e, em segundo lugar, as características mais relevantes que esses atores judiciais atribuem ao espaço judiciário em que suas trajetórias de trabalho se desenvolvem. Aplicamos a técnica da “bola de neve” para acessar nossos entrevistados. É um trabalho exploratório que, como tal, não oferece representatividade estatística sobre o universo da justiça criminal. No entanto, permitiu-nos realizar algumas caracterizações tipológicas baseadas em certas regularidades, para melhor compreender esses sujeitos anfíbios que habitam conjuntamente os espaços judiciário e educacional.
Palavras-chave:
Justiça criminal; Academia; Trajetórias