Resumo
Este artigo examina as contribuições da chamada sociologia histórica ou processual para análise do racismo no Brasil a partir de quatro conceitos centrais: revolução, reprodução, formação e evento. O argumento central é que a análise processual dos acontecimentos, nas diferentes abordagens selecionadas, oferece algumas alternativas para enfrentar o principal obstáculo enfrentado no campo da sociologia do racismo: explicar conjuntamente a formação das desigualdades raciais e sua produção social na interação e sociabilidade entre os agentes. Sugere-se que o objetivo específico da sociologia histórica neste campo de pesquisa é a racialização da experiência social do tempo, isto é, a constituição de temporalidades racializadas.
Palavras-chave:
Sociologia histórica; Racismo; Raça; Desigualdade; Temporalidades racializadas