Resumo
Este artigo explora as trajetórias de diferentes mulheres que fizeram carreira acadêmica nas primeiras décadas de funcionamento da FFCL-USP. Para tanto, traça em primeiro lugar um panorama sobre a presença de mulheres no corpo discente e docente da Faculdade entre 1934 e 1969, observando as interseções entre gênero e carreira acadêmica no período. Em segundo lugar, para aprofundar a investigação, aborda o caso de três docentes que atuaram nas Cadeiras de Sociologia I e II: Maria Isaura Pereira de Queiroz, Marialice Foracchi e Maria Sylvia de Carvalho Franco. Argumentamos que diferenças de gênero produziram impactos na distribuição de oportunidades entre homens e mulheres no interior de uma cultura acadêmica e institucional que então começava a se desenhar.
Palavras-chave
Pensamento social; Intelectuais; Gênero; Universidade de São Paulo; Desigualdades de gênero