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Estratégias educativas em bairros de baixa renda em Santiago: escolha escolar, segregação residencial e Lei de Inclusão

Resumo

Neste artigo, analisamos as estratégias educacionais em setores populares de Santiago - rotulados como “bairros críticos” pelo Estado - e como se relacionam com a recente Lei de Inclusão. Esta lei foi promulgada em 2016 e, entre outras coisas, acaba com a seleção de estudantes por parte das escolas. A partir de uma pesquisa qualitativa, demonstramos como a escola faz parte de um processo ativo de diferenciação social que opera em escala de bairro. Embora os bairros investigados sejam bastante homogêneos em termos socioeconômicos, as famílias, por meio de suas estratégias educacionais, constroem fronteiras simbólicas em relação aos vizinhos que, do seu ponto de vista, não têm disposição para a mobilidade social. Considerando a heterogeneidade de estratégias educacionais identificadas, observamos um posicionamento heterogêneo em relação à Lei de Inclusão, pois, embora em alguns casos seja percebida como um avanço na construção de uma sociedade mais igualitária, também é vista como uma ameaça para as trajetórias sociais esperadas.

Palavras-chave:
Segregação; Periferia urbana; Serviços urbanos

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