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Mobilidade feminina em Santiago do Chile: reprodução das inequidades na metrópole, no bairro e no espaço público

A construção social que relaciona as mulheres com a manutenção e a supervivência do lar as mostra como um grupo com baixa disponibilidade de tempo e com limitadas capacidades de desplazamento urbano. A limitação se traduz em uma mobilidade diferenciada, acotada e vulnerável aos fenômenos tão diversos como o seu lugar de residência e a qualidade do espaço público. No caso de Santiago do Chile, existem diferenças consideráveis na mobilidade segundo gênero, idade e estrato socioeconômico, destacando uma maior fragilidade em grupos de escassos recursos que vivem em bairros produzidos pelo Estado durante a metade do século passado. Por meio de indicadores quantitativos e ferramentas qualitativas, o texto seguinte tem como propósito caraterizar a mobilidade feminina em Santiago do Chile em três níveis: metropolitano, de bairro e local. A evidência mostra que existem disparidades em todos os níveis; em escala metropolitana as mulheres de baixo ingresso exibem um elevado número de viagem, maioritariamente motorizados, enquanto que em grupos de escassos recursos predomina os deslocamentos a pé. Em uma escala menor, nos bairros, a circulação de pedestres se encontra fortemente afetada por fatores sociais e ambientais, como por exemplo pela percepção de segurança.

Mobilidade; Mulheres; Transporte


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