Resumo
Este artigo investiga a relação entre equipamentos culturais, hábitos e território a partir do caso do Espaço do Conhecimento UFMG – ECUFMG. A localização desse equipamento em área nobre de Belo Horizonte, como fruto de uma política pública, levanta questões sobre seu reconhecimento e legitimidade diante dos diversos grupos de habitantes da cidade. Nesse sentido, foi investigado se o ECUFMG consegue quebrar a estrutura social circunscrita no território físico e ser, assim, frequentado por distintos públicos. A pesquisa de campo constatou um perfil homogêneo entre os visitantes espontâneos – alta escolaridade, alta renda e alto hábito cultural –, indicando ainda que a localidade de residência não é fator determinante para a apropriação desse espaço. Percebeu-se a existência de uma barreira ao acesso relacionada às questões de pertencimento e à falta de informações sobre o ECUFMG e seus atrativos, o que aponta para a importância do trabalho educativo e formativo junto aos diversos públicos.
Palavras-chave:
Cultura; Território; Hábitos culturais; Economia da cultura; Equipamentos culturais