Resumo
Este artigo examina o suicídio entre os ticunas a partir das dimensões da experiência pouco e/ou não diretamente mencionadas nas narrativas imediatas sobre as mortes. Focaliza, nesse sentido, em como são vividas no cotidiano práticas oriundas de instituições estatais, como são incorporados certos discursos no desenrolar de eventos críticos cotidianos. Pretende-se, a partir das leituras, interpretações e sensibilidades locais, potencializadas em dinâmicas sobre saúde, doença e cura, bem como nas exigências e expectativas parentais relacionadas a trajetórias educacionais, expor uma análise sobre o funcionamento e desenvolvimento de discursos e programas governamentais em aldeias indígenas.
Palavras-chave: Populações indígenas; suicídio; políticas públicas; Estado