Neste artigo analiso os processos migratórios e as experiências laborais de trabalhadoras sexuais brasileiras na Espanha. Baseando-me em pesquisa etnográfica realizada durante onze meses, em diferentes momentos entre Novembro de 2004 e Janeiro de 2012, em Barcelona, Madri, Bilbao e Granada, argumento que os significados concedidos ao trabalho sexual pelas entrevistadas divergem daqueles expressados nas noções sobre prostituição e tráfico internacional de pessoas presentes no debate público sobre essas problemáticas. As ações e percepções das trabalhadoras sexuais brasileiras entrevistadas desafiam protocolos nacionais e culturais nacionais e internacionais e também o "destino" para elas traçado no Brasil
tráfico internacional de pessoas com fins de exploração sexual; migração; trabalho sexual; vítimas