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Salvaguarda. Um dispositivo-chave da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Intangível

Resumo

A expressão ‘salvaguarda do patrimônio cultural imaterial’ constituiu-se em meio a transformações dos instrumentos e estratégias de proteção de elementos culturais que vinham sendo denominados ‘folclore e cultura tradicional (e popular)’. A adoção de uma ‘abordagem patrimonial’ para esses temas foi um processo razoavelmente turbulento, que desenhou, desde meados do século XX, um caminho tortuoso de diálogos e divergências em relação a noções do senso comum e à cultura preservacionista dominante. Ao longo desse processo, possibilidades conceituais e políticas de ‘engenharia social’ foram vislumbradas, algumas foram descartadas, legitimaram-se escolhas e, não menos importante, formaram-se redes de agentes e narradores das negociações políticas e jurídicas que conduziriam finalmente à concepção da Convenção da Unesco do Patrimônio Cultural Intangível adotada oficialmente. Essa trilha será examinada nos comentários que seguem sobre a ‘salvaguarda’ enquanto dispositivo de políticas patrimoniais e seus contrastes com outros instrumentos em relação aos quais ganha especificidade, significado e amplitude.

Palavras-chave:
Unesco; Convenção para a Salvaguarda do patrimônio imaterial; salvaguarda; dispositivos de normativas patrimoniais; etnografia intelectual

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