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“Chegou a nossa hora! É o momento de a Igreja governar!": sobre evangélicos na política brasileira e em nossas etnografias

Resumo

Este artigo analisa como valores religiosos, que organizaram a campanha de Jair Bolsonaro continuam sendo usados a fim de fidelizar as bases religiosas ao seu governo, são originários das atuações da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional que desde a sua instauração tem demandado que os valores da “a maioria moral” sejam acatados pelo Estado. Para isso, instrumentalizam princípios jurídicos, mas também evocam pânicos morais que aliados a outras pautas conservadoras formam a agenda política de uma nova direita que tem atuado eficazmente na política brasileira e se tornou base política de um governo que tem a pauta moral como espinha dorsal de um novo Estado, “terrivelmente cristão”, extremista e conservador. Diante desse cenário desafiador, quais seriam os impactos dessa verdade única tornada política de Estado para as diversidades sociais? E para as nossas reflexões antropológicas sobre as imbricações entre religião e política?

Palavras-chave:
Frente Parlamentar Evangélica; maioria moral; governo Bolsonaro; agenda moral; diversidades sociais

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