Resumo
Este artigo examina uma prática cultural conspícua e amplamente disseminada entre os jovens indígenas do Brasil para hibridizar seus motivos étnicos com a moda global, a fim de classificar seu modo glocal de ser. Os jovens indígenas geralmente percebem que a prática modal é etnicamente apropriada em seu próprio direito geracional. Através de observações etnográficas, juntamente com reflexões teóricas sobre o hibridismo cultural, os autores destacarão como a moda neo-étnica permite que uma categoria inicialmente marginalizada de etnicidade indígena seja trazida à atenção do público em escala global. O auto-styling neo-étnico opera como um meio de reapropriar o patrimônio de maneiras trans-tradicionais, numa época em que a própria etnia está se tornando cada vez mais um assunto globalmente na moda. O serviço de rede social desempenha um papel crucial na disseminação dos fenômenos entre diferentes grupos étnicos.
Palavras-chave:
moda neo-étnica; indigeneidade; hibridismo cultural; povos indígenas do Brasil