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Da antropologia das coisas à antropologia da tecnologia: há lugar para a coprodução de técnicas?

Resumo

Abordamos a versão da virada ontológica como um cunho metodológico de coprodução de conhecimento. Embora essa perspectiva realize um esforço metodológico para lançar uma nova luz sobre o estudo do objeto por meio da recursividade, ela negligencia a importância da ação técnica. O presente artigo visa aprofundar os caminhos metodológicos oferecidos pela virada ontológica para abordar a noção de coprodução relacionada às técnicas. A partir das análises de contextos etnográficos, discutimos se a experimentação como eixos de coprodução ressoa com outros dispositivos metodológicos proporcionados pela antropologia da tecnologia. Defendemos que o filistinismo, a inflexão e o possibilismo das affordances materiais coligam com a experimentação refletida em diferentes práticas, superando o viés representacional e os excessos pós-humanistas.

Palavras-chave:
experimentação; inflexão; métodos; ressonância; filistinismo; possibilismo

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