Resumo
Este artigo resulta de discussões sobre a ideia perpetuada de estado e o uso do método etnográfico no estudo dos agentes e instituições estatais. Para isso, foram levadas em consideração as práticas de controle de fronteira estatal que fizeram parte do processo de fechamento de fronteiras realizado por agentes e instituições que estão agrupados no Centro de Fronteira Iguazú, localizado no lado argentino da região transfronteiriça da Tríplice Fronteira do Paraná. A escrita tem um posicionamento teórico que faz uso da noção de estado-nação como uma abstração discursiva, mas, por outro lado, levando em conta que ele é (con)formado e materializado por agentes e instituições articulados entre si, que apresentam suas próprias particularidades em seu interior. Isso gera uma ruptura com as noções estáticas que passam a considerar o estado como uma enteléquia onipresente e homogênea.
Palavras-chave:
estado; fronteiras; controle de fronteira; fechamento de fronteiras; etnografia; Tríplice Fronteira do Paraná