Resumo
Este texto-manifesto é o produto de meu trabalho de pesquisa e de meu vínculo de muitos anos com organizações de vítimas de violência em diversos lugares no mundo. Reivindica a necessidade de ler os “cenários de transição”, seus discursos, pressupostos subjacentes e práticas concretas como parte de modelos globais de administração dos efeitos da violência em contextos concretos: uma interseção entre o domínio do global (os direitos humanos ou os padrões internacionais de justiça, verdade e reparação) e suas metamorfoses com teorias locais do dano. Este texto é assim um destilado histórico, teórico e etnográfico sobre a noção de “transição” e sobre a experiência de sociedades que aplicam práticas que buscam fazer um trânsito entre a violência (entendida de muitas maneiras) à chamada pós-violência.
Palavras-chave:
estudos críticos; transições políticas; etnografía; manifestó; América Latina