Resumo
Esse artigo se volta ao modo como espécies vegetais produzem multiplas temporalidades entre os Wajãpi, um povo ameríndio que habita a amazônia brasileira. Inpirado por uma análise antropológica não-antropocêntrica ou por “uma antropologia para além do humano”, o artigo é uma exploração etnográfica sobre como os Wajãpi percebem as dimensões concretas e sesíveis de certas plantas, e como eles as compreendem como sujeitos, em um processo que produz diferentes tempo-espaços. Também demonstra como certos conceitos são centrais nesse processo, tais como as ideias de ciclo de vida, maturação e morte, o que conduz a noções como as de co-temporalidade e a diferença entre grupos e indivíduos.
Palavras-chave:
maturação; temporalidade; etnologia amazônica; plantas