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Quando o animal é o terapeuta: práticas interespecíficas de cuidado humano

Resumo

A partir da construção do processo terapêutico conduzido através da Zooterapia o artigo trata da dimensão técnica desta prática objetivando as ações que são desenvolvidas para preparar o animal assim como as habilidades presentes nos animais. Contando com um conjunto de dados etnograficamente fundamentados e centrados na prática a respeito da interação entre os seres e dos efeitos observados e relatados, serão trazidas à discussão duas proposições a respeito da técnica, o trabalho de André Georges Haudricourt e a abordagem de Carole Ferret. Em seguida, trata se dos potenciais e limites dos modelos expostos ampliando esse debate com a ajuda de proposições em antropologia que consideram a agência de não humanos nas práticas que tentam controlar os mais diversos processos. Por fim, apoiando se nas considerações anteriores, indica se que embora a zooterapia apresente algo enigmático do ponto de vista comunicacional, ela deixa aparecer uma série de ações socialmente aprendidas tanto pelo homem quanto pelos animais e algumas considerações a respeito dos efeitos que a técnica provoca no homem, são levantadas.

Palavras-chave:
Antropologia da Técnica; Ações; Processo Terapêutico; Interação Homem-Animal; Zooterapia

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