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Imagem da violência e violência da imagem: Guerra e ritual na Assíria (séculos IX-VII a.C.)

Resumo

A ideia de um Império Assírio (séculos IX-VII a.C.) predominantemente belicoso e cruel fundou-se em algumas visões herdadas do passado (dos autores clássicos à Bíblia hebraica) e desenvolveu-se com as descobertas arqueológicas e o deciframento dos textos em cuneiforme, a partir do século XIX. Ao lado dos documentos oficiais (inscrições, anais etc.), as imagens dos relevos dos palácios assírios tiveram um papel central nessa construção. Considerar essa visão como resultado de uma manipulação ideológica e propagandística do discurso régio e identificar uma abordagem acrítica da historiografia moderna é necessário, mas não suficiente. Este artigo busca oferecer uma apreciação alternativa. Propõe-se que é preciso conceber as imagens da violência como agentes ativos do fenômeno social da guerra sagrada, no quadro de um processo de expansão. As respostas apontam em uma dupla direção: primeiramente, para a relação entre a violência visual e o tipo específico de expansionismo assírio; em segundo lugar, para a natureza ritual dos artefatos visuais.

Palavras chave
imagem; violência; imperialismo

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