INTRODUÇÃO: A procura e o interesse em aplicar conhecimento científico à prática fisioterapêutica tem crescido nos últimos anos. Na busca por integrar as experiências individuais vivenciadas na prática com a melhor evidência clínica disponível a partir de pesquisas sistemáticas, surge a Prática Baseada em Evidência (PBE), movimento científico que vem ganhando força na área da saúde. Entretanto, muito pouco se sabe se o fisioterapeuta clínico conhece e utiliza a PBE em seus atendimentos. OBJETIVO: Averiguar se os profissionais fisioterapeutas têm facilidade e habilidade em buscar literatura científica e se eles se baseiam na PBE durante sua prática clínica. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, do qual participaram 67 profissionais fisioterapeutas atuantes na região da Grande Florianópolis. Todos responderam a um questionário online adaptado a partir do Evidence-Based Practice (EBP) Questionnaire. RESULTADOS: A amostra consistiu em fisioterapeutas jovens, em uma faixa de idade entre 20 e 29 anos, havendo forte predominância do sexo feminino. Destes, 73,1% concluiu a graduação há menos de cinco anos e 71,6% não possui especialidade reconhecida pelo Crefito. Os fisioterapeutas afirmaram ter uma atitude positiva sobre PBE e estavam interessados em aprender ou aprimorar as competências necessárias para implementar PBE. Eles notaram que precisavam aumentar o uso da evidência científica em suas práticas diárias. CONCLUSÃO: A falta de tempo foi a barreira mais importante para o uso da PBE, seguida da falta de generalização dos achados da literatura científica para sua população de pacientes e falta de fontes de informação.
Fisioterapia; Perfil profissional; Prática baseada em evidência