Aborda formações discursivas sobre raça e eugenia em textos e imagens de O Brasil Médico , entre 1928 e 1945. A análise documental inspirada na perspectiva teórico-metodológica de Foucault, especialmente em sua concepção de biopolítica, encontrou referências aos problemas eugênicos da população brasileira e um conjunto de ilustrações, em sua maioria fotografias de corpos negros. Constatou-se a contradição de se promover um discurso universalista sobre raça concomitante aos discursos eugênicos e biotipológicos que revelavam preocupação com a degeneração na formação da raça brasileira. Os discursos descreviam um tipo racial brasileiro idealizado a partir de um padrão de normalidade física e moral como modelo adequado ao projeto de desenvolvimento e modernização da nação.
eugenia; ciência; raça; biotipologia; saúde