Estudo exploratório descritivo, que objetivou conhecer os motivos que levam homens a procurar atendimento de saúde e compreender os motivos que os afastam de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no sul do Brasil. Pela análise dos prontuários, identificaram-se 175 atendimentos a homens entre 25 e 59 anos em 2010. Problemas agudos acometeram 93 (52,2%) usuários, a dor desencadeou 42 (23,6%) dos problemas crônicos, hipertensão arterial acometeu 37 (21,4%) clientes. Com entrevistas apreenderam-se os motivos de afastamento daquela UBSF. Sentiam-se saudáveis, por isso frequentavam pouco o serviço de saúde, ficando dez anos ou mais sem procurá-lo. Além de questões de gênero, alegaram incompatibilidade de horário, medo de detectarem doença grave, número insuficiente de fichas e falta de especialistas. Para atender às peculiaridades da população masculina, é necessário que os profissionais de saúde se capacitem, problematizem a realidade de cada UBSF e, juntamente com os gestores, vislumbrem e operacionalizem estratégias inclusivas de atendimento.
Enfermagem; Saúde do homem; Políticas públicas de saúde; Identidade de gênero