1. Azevedo & Dutra (2015)Azevedo, A. K. S., Dutra, E. M. S. (2015). Não há você sem mim: histórias de mulheres sobreviventes de uma tentativa de homicídio. Revista Subjetividades, 15(2), 201-213. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692015000200004&lng=pt&tlng=pt. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scr...
|
Compreender percepções sobre tentativa de homicídio e suicídio do parceiro |
Qualitativo; entrevistas individuais semiestruturadas; três mulheres que sofreram violência |
Relações conjugais permeadas por ciúme. A valorização da família nuclear e a preocupação excessiva com o companheiro influenciam na manutenção da relação |
2. Barros, Silva, Falbo Neto, Lucena, Ponzo & Pimentel (2015) |
Estimar prevalência e fatores associados à VPI |
Quantitativo; questionário sociodemográfico; instrumentos psicométricos (WVS e SRQ-20); 245 mulheres que sofreram violência |
Maior prevalência em mulheres jovens, pretas ou pardas, sem companheiros, sem filhos e sem trabalho. Violência emocional mais frequente, seguida da física e da sexual |
3. Bruhn, & Lara (2016) |
Analisar discursos da rede socioinstitucional sobre violência |
Qualitativo; pesquisa documental; um prontuário de usuária do serviço de acolhimento |
Discursos reforçam relações de poder baseadas na dualidade vítima-agressor, enfraquecendo a autonomia da mulher e percebendo a agressividade como traços de personalidade dos homens |
4. Brum, Lourenço, Gebara, & Ronzani (2013) |
Avaliar mudanças de crenças e atitudes em relação à violência doméstica |
Quantitativo; capacitação sobre uso de substâncias psicoativas e violência doméstica; questionário sociodemográfico e sobre práticas de prevenção à violência; 65 profissionais de saúde |
Houve alterações em relação aos papéis de profissionais na identificação, no entendimento e manejo de violência doméstica |
5. Colossi, Marasca, & Falcke (2015) |
Identificar associações entre violência conjugal e experiências na família de origem |
Quantitativo; questionário sociodemográfico; instrumentos psicométricos (FBQ e CTS2); 300 mulheres e homens |
Correlações entre violência na família de origem e violência conjugal. Para mulheres, a negligência física, o abuso sexual e o abuso de substâncias paterno foram preditores da agressão, enquanto, para homens foi abuso físico paterno |
6. Colossi, Razera, Haack, & Falcke (2015) |
Verificar prevalência de VPI e correlacionar com variáveis sociodemográficas |
Quantitativo; ficha sociodemográfica e instrumento psicométrico (CTS2); 186 casais heterossexuais |
Maior prevalência de violência psicológica, em casais jovens e economicamente desfavorecidos e com maior número de filhos. Maior coerção sexual por homens; maior violência psicológica grave por mulheres |
7. Costa et al. (2016)Costa, N., Gomes, H., Almeida, T., Pinheiro, R. S., Almeida, C., Gondim, L., et al. (2016). Violence against women: Can “jealousy” mitigate the significance of violence? Estudos de Psicologia (Campinas), 33(3), 525-533. https://doi.org/10.1590/1982-02752016000300015
https://doi.org/10.1590/1982-02752016000...
|
Replicar estudo americano sobre naturalização da violência associada ao ciúme |
Quantitativo; análise de áudios com quatro situações diferentes; 264 estudantes universitárias/os |
Agressão em situação de ciúme é aceita culturalmente. Respostas foram semelhantes entre mulheres e homens |
8. Guimarães, Diniz, & Angelim (2017) |
Avaliar Teoria do Duplo Vínculo na violência e verificar efeitos de intervenção |
Qualitativo; leitura de livro, questionário e encontro grupal; 20 mulheres que sofreram violência |
Dificuldade em avaliar riscos e romper relação violenta pela ambiguidade de sentimentos sobre o parceiro. Intervenção auxiliou na quebra do duplo-vínculo e conscientização da violência |
9. Kind, Orsini, Nepomuceno, Gonçalves, Souza, & Ferreira (2013) |
Identificar indicadores de violência e dificuldades de profissionais na notificação |
Quantitativo-qualitativo; pesquisa documental, questionário; grupos focais; dados de saúde; 302 profissionais de saúde |
Crescimento anual gradativo de notificações de violência. A notificação é frequentemente entendida como denúncia por profissionais |
10. Krenkel, Moré & Motta (2015) |
Compreender o papel da rede de apoio para mulheres |
Qualitativo; entrevista semiestruturada; 12 mulheres que sofreram violência |
A rede de apoio é significativa no enfrentamento da violência, tendo múltiplas funções (companhia, suporte emocional, aconselhamento) |
11. Lacerda, & Costa (2013) |
Identificar percepções sobre ciúmes e violência |
Estudo de caso qualitativo; entrevista semiestruturada; 10 mulheres que sofreram violência |
Ciúme entendido como psicopatologia. O comportamento ciumento é reforçado socialmente e está atrelado à violência |
12. Madalena, Falcke, & Carvalho (2015) |
Investigar relações entre funcionamento patológico da personalidade e níveis de violência |
Quantitativo; instrumentos psicométricos (IDCP e CTS2);139 casais heterossexuais |
A escolha conjugal pode reforçar funcionamento patológico da personalidade. Tendência de aproximação entre indivíduos com características semelhantes de personalidade. Associações são fracas |
13. Marasca, Razera, Pereira, & Falcke (2017) |
Avaliar a violência física nos relacionamentos e relação com família de origem |
Quantitativo; questionário sociodemográfico (FBQ e CTS2); 186 homens |
Correlação significativa entre violência física (cometida e sofrida) e violência na família de origem. Homens reportaram serem mais vítimas do que perpetradores |
14. Martins-Borges, Girardi, & Lodetti (2017) |
Caracterizar casos de homicídios conjugais |
Quantitativo; pesquisa documental em jornais sobre casos de homicídios conjugais; 34 casos |
Aumento dos casos nos últimos anos. Maioria cometida por homens com armas de fogo, já separados, motivados por ciúme e separação e com situações prévias de violência |
15. Martins-Borges, Lodetti, Tridapalli, & Machado (2016) |
Caracterizar casos de homicídios conjugais |
Quantitativo; pesquisa documental em jornais sobre casos de homicídios conjugais; 144 casos |
Maior incidência na região catarinense. Maioria cometida por homens com armas de fogo, já separados, motivados por ciúme e separação e com situações prévias de violência |
16. Oliveira, & Araújo (2014) |
Identificar crenças sobre enfrentamento à violência |
Qualitativo; oficina dramática; 76 mulheres e homens |
Principais estratégias de enfrentamento: revidar com mais violência, fugir do lar, resolver a situação no espaço privado (descrença no judiciário) |
17. Pimentel (2016)Pimentel, A. (2016). Grupos existenciais para conscientização de homens. Revista do NUFEN, 8(1), 55-75. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912016000100005&lng= pt&tlng=pt
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scr...
|
Avaliar intervenção clínica sobre violência |
Qualitativo; grupo existencial fenomenológico; seis homens autores de violência |
Reflexões críticas sobre diferenças na construção da subjetividade de homens e mulheres |
18. Porto, & Buchrer-Maluschke (2014) |
Identificar crenças de psicólogas sobre mulheres em situação de violência |
Qualitativo; questionário sociodemográfico e online, Entrevista semiestruturada, Escala sobre atendimento psicológico e de formação em Psicologia; 12 psicólogas |
Aspectos sociais, ciúme e autossacrifício influenciam na permanência de mulheres em situações de violência para psicólogas |
19. Ramos (2013)Ramos, M. E. C. (2013). Homens e mulheres envolvidos em violência e atendidos em grupos socioterapêuticos: União, comunicação e relação. Revista Brasileira de Psicodrama, 21(1), 39-53. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-53932013000100004&lng=pt&tlng=pt
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?scr...
|
Analisar papéis e comunicação conjugal |
Qualitativo; intervenção socioterapêutica grupal para homens e mulheres; 30 mulheres e homens |
Ambos se sentem agressores e vítimas e a agressão é justificada por ambos. Os encontros proporcionaram novas formas interacionais |
20. Razera, Mosmann, & Falcke (2016) |
Investigar associação entre qualidade conjugal e violência |
Quantitativo; questionário sociodemográfico; instrumentos psicométricos (GRIMS e CTS2); 186 casais heterossexuais |
Quanto mais violência, principalmente a psicológica, menor qualidade conjugal percebida. 80% dos casais pratica e a maioria segue satisfeita com a relação |
21. Romagnoli, Abreu, & Silveira (2013) |
Tipificar atos violentos contra a mulher |
Quantitativo; pesquisa documental; 1.315 boletins de ocorrência |
Maior ocorrência em bairros de periferia. Maioria das mulheres e homens casados ou em união estável. Há situações prévias de violência, não reconhecidas pelos homens. Há associação com uso de álcool e discussão |
22. Romagnoli (2015)Romagnoli, R. C. (2015). Várias Marias: Efeitos da Lei Maria da Penha nas delegacias. Fractal: Revista de Psicologia, 27(2), 114-122. https://doi.org/10.1590/1984-0292/1038
https://doi.org/10.1590/1984-0292/1038...
|
Analisar a implementação da Lei Maria da Penha na rede |
Quantitativo-qualitativo; pesquisa documental e análise institucional; 1.315 boletins de ocorrência |
LMP ainda em processo de institucionalização e banalização da violência contra a mulher, poucos encaminhamentos e centralidade em ações punitivas aos autores |
23. Santini, & Williams (2016) |
Avaliar intervenção de habilidades parentais |
Quantitativo-qualitativo; encontros individuais; instrumentos psicométricos (CAP, BDI e Registro de Bem-Estar e de Senso de Competência Parental); nove mulheres/mães que sofreram violência |
Melhora no bem-estar e competência parental, principalmente quando abordados aspectos relacionados à violência, juntamente do ensino de manejo positivo com filhos |
24. Santos, Marin & Castoldi (2013) |
Explorar a percepção de mulheres e filhas/os sobre violência |
Estudo de casos múltiplos qualitativo; encontro com mães e com filhas/os; entrevistas individuais; três mulheres/mães que sofreram violência e três filhas/os |
Mães com histórico familiar de violência. Dificuldade na separação por culpa e pouco apoio. Ambos relataram sentimento de impotência |
25. Silva, & Tilio (2014) |
Analisar alterações autobiográficas após situação de violência |
Estudo de caso qualitativo; participação no acolhimento em centro de referência; entrevista semiestruturada; três mulheres que sofreram violência |
Alterações na autoestima, sentimento de independência, relações sociais e saúde física e mental. O atendimento tem influência na ressignificação da violência |
26. Silva, Alípio, & Moreira (2016) |
Analisar registros de casos e atividades de juizado especializado |
Qualitativo-quantitativo; análise documental; relato de experiência com diário de campo; 227 cadastros psicossociais |
Poucos processos são acompanhados pela equipe, que atende na maioria: mulheres que sofreram violência conjugal contínua, principalmente psicológica e motivada pelo ciúme |
27. Silveira, & Nardi (2014) |
Analisar práticas discursivas jurídicas sobre gênero, raça e etnia e seus efeitos |
Quantitativo-qualitativo; pesquisa documental; entrevistas individuais; 70 processos judiciais e 55 BOs; 291 mulheres, seis juízes/juízas |
Maioria de mulheres negras nos boletins de ocorrência, nas entrevistas, mas não nos processos, evidenciando diferentes formas de acesso à justiça |
28. Souza, & Cortez (2014) |
Descrever e analisar o funcionamento de uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) |
Estudo de caso qualitativo; entrevistas; observação; 14 funcionários |
Falta de recursos humanos e materiais, capacitação, valorização do Estado e apoio da Polícia Civil. Bom relacionamento entre equipe |
29. Zancan, Wassermann, & Lima (2013) |
Identificar perfil de mulheres e suas percepções sobre violência |
qualitativo; fichas de dados pessoais e sociodemográficos; entrevista semiestruturada; quatro mulheres que sofreram violência |
Violência psicológica e física nos quatro casos. Associação entre ciúme, uso de álcool e violência. Dificuldade em romper relacionamento por conta de ameaças, esperança e valorização do papel de pai. Violência na família de origem de ambos os parceiros |