RESUMO
Objetivo: Identificar sintomas de transtornos alimentares e possíveis associações com o risco de suicídio e sintomas depressivos em universitários de cursos de saúde.
Métodos: Neste estudo de corte transversal, foram avaliados 271 estudantes. Foram utilizados os instrumentos Teste de Atitudes Alimentares e Bulimic Investigatory Test of Edinburgh, para identificação de sintomas de transtornos alimentares. Para o rastreamento de sintomas depressivos, foi usado o questionário de autoavaliação da Escala de Hamilton − Depressão, e o Mini International Neuropsychiatric Interview, para identificação do risco de suicídio. Todos os participantes responderam um questionário contendo informações sociodemográficas, para classificação econômica da amostra.
Resultados: A frequência para sintomas de transtornos alimentares foi de 7,4% e de 29,1% para sintomas de bulimia nervosa. Cerca de 17,3% foram sintomáticos para depressão maior, e 13,6% tinham algum grau de risco de suicídio; destes, 7,4% foram considerados com risco de suicídio leve, 0,7% com risco moderado e 5,5% com risco alto de suicídio. Houve correlação entre risco para transtornos alimentares e risco de suicídio (p<0,001).
Conclusão: Universitários com risco para os transtornos alimentares, bem como os que possuem sintomatologia sugestiva para depressão têm maior probabilidade de desenvolver o risco de suicídio.
Descritores: Transtornos da alimentação e da ingestão de alimentos; Depressão; Suicídio; Estudantes de ciências da saúde